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Conheça dois franceses que vendem patê caseiro e “afetivo” em Brasília

A receita original francesa é seguida à risca pela dupla, que acredita no conceito de comida feita com ingredientes selecionados e naturais

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Brasília (DF), 23/09/2016Cédric e Alexander – Patés FrançaisLocal: Redação Metrópoles – QL 12 Conj 11Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 23/09/2016Cédric e Alexander – Patés FrançaisLocal: Redação Metrópoles – QL 12 Conj 11Foto: Felipe Menezes/Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Brasília esconde, em locais inesperados, pequenos estabelecimentos com boa comida e preço justo. Mas não é só em lugares fixos que se encontram agradáveis surpresas na capital. Apaixonados pelas suas origens, os franceses Alexandre Desvignes, 26 anos, e Cedric Pol, 42 anos, vendem sob encomenda quatro tipos de patês, seguindo à risca a receita original francesa, dando uma cara mais afetiva ao quitute.

São dois rillettes, tipo de pasta mais fibrosa, e três patês. Rillette de porco, rillette de pato, patê de “campagne” com abacaxi, patê de “campagne” com damasco e patê de “campagne” com figo. Os “campagne” são uma mistura de pato, fígado, entre outras carnes selecionadas.

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Apesar de levar matérias-primas caras, como ervas e carnes pouco comuns, o preço dos patês varia de R$ 30 a R$ 40, o pote com 200 gramas.

Espírito caseiro

Por enquanto os chefs só aceitam pedidos sob encomenda e não pretendem abrir loja física ou expandir muito os trabalhos. “Gostamos de manter o estilo slow food, pois tudo o que preparamos leva muita dedicação e ingredientes selecionados”, pontua Cedric.

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Alexandre e Cedric

O processo de cozimento segue bem o estilo de comida caseira. Em caçarolas, as carnes e ervas são preparadas seguindo a tradição: muitas horas de cozimento, com todos os ingredientes colocados na panela em sua ordem correta de preparação. 

Na receita, não há nenhum tipo de conservante. Para garantir a qualidade, o patê e o rillette são cozidos por horas em banho-maria. Assim, durante a fervura, a gordura da carne sobe para o topo da lata e protege o patê de micro-organismos. Após abertos, os patês duram até 10 dias na geladeira.

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“Ainda temos alguma dificuldade de achar boas matérias-primas. Mantemos o contato com produtores locais e orgânicos, alguns em Sobradinho, por exemplo. Inclusive, para garantir a qualidade da carne, os patos são comprados vivos”, conta Cedric.

O início

Cedric Pol é natural de Toulouse, na França, e está em Brasília há dois anos. Casado com uma diplomata, foi ele quem iniciou o trabalho das vendas. No começo, os patês eram vendidos apenas para os colegas das embaixadas, mas a temporada solo durou pouco, até Cedric conhecer Alexandre Desvignes. Natural de Annecy, o sócio se mudou para Brasília por amor a uma brasileira.

Os dois decidiram unir as habilidades e atualmente concentram as energias nas encomendas e nos jantares feitos em domicilio, sempre com foco na preparação de comidas típicas francesas.

O sabor

Provamos e aprovamos todos os patês e rillettes oferecidos pela dupla. Alguns deles, como o rillette de porco, tem gosto bem parecido com os patês brasileiros. 

A sugestão de consumo para as pastinhas, seguindo a tradição francesa, é com saladas e couvert de pães. Harmonizam bem com os vinhos franceses Pinot Noir e Cabernet. Cedric recomenda ainda vinhos tintos chilenos, de preferência encorpados.

O rillette de porco contém quatro diferentes partes: pernil, lombo, barriga e toucinho (além de ervas), e tem um sabor mais comum. Encorpado, de textura fibrosa, ele tem a medida exata de sal. As ervas acrescentam um sabor suave ao preparo.

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O rillette de pato tem o gosto muito parecido com o de porco. Por conta da carne, tem a textura mais macia e molhada. Além disso, o amargo sobressai um pouco mais do que no de porco.

Entre os patês, o Campagne a L’ananas (campagne e abacaxi) funciona como um porto seguro para quem deseja se aventurar com mais calma nos sabores franceses. Os pedaços de abacaxi são grandes, mas não há nenhum resquício de acidez. 

O de damasco, com a mesma mistura “campagne”, tem textura mista, com a fruta bem presente. A textura é mais homogênea e bem molhada.

A cereja do bolo é o patê Campagne à La Figue (figo, fígado e pato). O gosto é forte, único, com nuances amargas. O figo não atrapalha em nada a harmonia dos ingredientes. Pelo contrário, ressalta o sabor das ervas e suaviza a força dos diferentes tipos de proteína.

Confira a galeria:

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Cedric Pol
Alexandre Desvignes
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Tudo é feito com cuidado e carinho pela dupla

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Encomendas e serviço de chef a domicílio pelos telefones 99698-2511 e 981273570 ou pelo e-mail cedric.patesfrançais@gmail.com. Atualizações e fotos na página do Facebook.

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