Focado na cozinha portuguesa, Manuelzinho abrirá as portas na Asa Sul
O restaurante é uma sociedade entre Manuelzinho Pires e Flávio Potiguar e promete reviver o carioca Antiquarius
atualizado
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Manuelzinho é um nome e um rosto conhecido em Brasília. Acostumado a receber clientes nos salões de restaurantes desde a década de 1970, quando começou a trabalhar no carioca Antiquarius, ele trocou a Cidade Maravilhosa pelo Cerrado em 2011, quando veio abrir uma filial do restaurante do falecido Carlos Perico em Brasília. A casa funcionou até 2014, e Manuelzinho optou por permanecer na capital.
Ele era um dos sócios do Tejo, na 404 Sul, e foi, por muitos anos, a cara do restaurante frequentado por políticos, ministros do judiciário e a alta classe brasiliense. Agora, ele se prepara para abrir as portas de sua nova empreitada, o restaurante Manuelzinho. A casa está prevista para inaugurar até o começo de junho e promete ser o novo point de comida portuguesa da cidade.
“Eu queria muito abrir um Antiquarius, que foi onde trabalhei quase a vida toda. Então surgiu a oportunidade de abrir um restaurante com o Flávio Potiguar. Mas eu não queria colocar meu nome, foi uma pessoa que pediu”, explicou o empresário sem revelar o responsável. A ideia de batizar o espaço com o nome dele casa bem com a tradição entre clientes de Manuel Pires, que têm o costume de falar que “vão ao Manuelzinho”, em vez de chamar os restaurantes pelos nomes.
O Manuelzinho também vai ocupar um endereço na 404 Sul. A casa é uma sociedade entre Pires e o empresário Flávio Potiguar, responsável pelas casas Potiguar em Brasília, Uberlândia e Goiânia. Mas também conta com a ajuda da esposa de Manuel, Natividade Pires, na recepção dos clientes. A gerência da casa ficará por conta de Jonas Nascimento, que trabalhou com o casal no Dalí Camões e passou também pela Trattoria do Rosário e SAJ.
Mais do que reviver o ambiente e a culinária do Antiquarius, Manuelzinho quer oferecer aos brasilienses a qualidade de atendimento do espaço. “Você tem que se colocar no lugar do cliente. O brasiliense gosta de comida boa, bem feita e caseira. E nós servimos. Além disso, os clientes já nos conhecem, então fica tudo mais prático. Sabemos o que eles gostam”, pontua.
Na mesa
As panelas do restaurante português serão comandadas pelo chef Custódio Alves. O cearense trabalhou com Manuelzinho em outras casas e agora será o responsável pela cozinha que vai relembrar o menu do Antiquarius. Entre as diversas opções, a aposta da casa será o Arroz de pato. A receita é preparada com carne de pato ao molho da casa e servido com paio português e azeitonas verdes.
As harmonizações da casa ficarão por conta do sommelier, Felipe Santos. Para o prato, ele recomenda o Quinta da Esperança Reserva. Um tinto português com uvas Alicante Bouschet e Touriga Franca e Nacional.
Quem passar por lá também pode se arriscar com o Bacalhau Manuelzinho. O preparo é feito com postas do peixe assadas ao forno e servidas com batatas, azeitonas pretas e cebola no vinho Jerez.
Para quem prefere carnes bovinas, o filé fatiado no molho de mostarda e ervas pode ser a escolha certa. O prato foi batizado de Filé Manuelzinho e vai acompanhado de batatas fritas.
O carro-chefe das sobremesas promete ser a Siricaia. A delícia tradicional portuguesa é feita à base de gemas de ovos e leite condensado. Por fim, é gratinada no forno e promete um sabor delicado na boca.
Aconchego carioca
Decorado com tons claros, o espaço vai resgatar algumas características que marcaram o Antiquarius, como o conforto. Quem assina o projeto é a arquiteta Mel Mello, também responsável pelos projetos dos restaurantes Potiguar. O restaurante contará com uma varanda e um mezanino para reuniões e eventos.