Casa 20 Queijaria faz sucesso no DF com incríveis queijos recheados
Tocada por mãe e filhas há um ano, a produção artesanal envolve memórias afetivas, tradição cultural e muito trabalho
atualizado
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“Se não tem nada a ver com Minas, a gente não faz”, comenta Maria de Fátima Franco. A matriarca da família Franco mantém com orgulho uma das culturas mais resistentes do Estado de Minas Gerais: a produção do próprio queijo.
Junto com as filhas Geórgia e Giuliana Franco, ela criou a Casa 20 Queijaria, em funcionamento há cerca de um ano e conhecida pelos queijos recheados que produz. O carro-chefe é o minas frescal com goiabada.
O nome da queijaria, vindo do número da casa onde produziam os queijos em Taguatinga Sul, permaneceu, apesar da mudança no endereço. Devido à grande demanda, a produção hoje é em Pirenópolis (GO), em parceria com a Fazenda Olaria.
Lá, mãe e filhas podem controlar até mesmo o modo como as vacas pastam. “Acompanho de perto porque quero ter o leite na qualidade mais orgânica e pura possível”, comenta Giuliana, que administra a maior parte do negócio.
Questão de cultura
A família trabalha a partir da receita original da mãe, aprendida em Sete Lagoas (MG). Fátima conta que morava em uma fazenda próxima à cidade, e começou a produzir os queijos por diversão.
“Eu queria me ocupar e fazia os doces e queijos. Todos os dias o leiteiro deixava o leite cru em garrafas na caixa de madeira, e eu ‘brincava’ com os ingredientes”, lembra Fátima.
De acordo com a família, a demanda dos produtos começou pelos amigos. Todos concordavam quando elas diziam que faltavam em Brasília queijos com qualidade similar aos encontrados em Minas Gerais.
Produzir queijo é uma ideia recente de um costume que já era normal para nós desde criança
Giuliana Franco
O foco do trabalho é nos sabores e doces da tradição brasileira. Giuliana, inclusive, bate na tecla da “comida afetiva”. Falando da mãe, afirma “Até o tomate seco ela faz. O negócio tem um ano, mas o amor à cultura mineira e esse jeito de fazer já passou das três décadas.”
Mãe e filhas planejam, inclusive, fazer uma imersão pela região mineira da Serra da Canastra em setembro. Vão em busca das origens do queijo, de conhecer mais tipos do produto e novos fornecedores.
Muito além dos queijos
Além dos vários tipos de queijos recheados, a Casa 20 trabalha com doces de leite, goiaba, laranja e de frutos da estação, como umbu e cagaita.
Licores, antepastos de berinjela e tomate seco (que têm feito muito sucesso), pestos de pimenta biquinho, manjericão e tomate seco, bem como geleias de vários sabores também estão na carta de produtos.
Os queijos são todos do tipo minas — frescal ou meia cura. O frescal sem recheio é vendido em peça pequena (cerca de 500g) ou grande (de 900g). O recheado vem em tamanho único, a R$ 25.
O meia cura pode ser de sete ou 14 dias. Este último costuma ser utilizado na receita de pães de queijo, e é também produzido em tipos diferenciados, com vinho, cerveja, páprica ou pimenta, por exemplo.
Árabe com sotaque mineiro
Os preços dos produtos não passam de R$ 35. O queijo meia cura sai a R$ 25 o pequeno e R$ 30 o grande. O potinho de pesto é vendido por R$ 15 o pequeno e R$18 o médio.
Também é muito conhecido o chancliche que a familia Franco produz. Porém, elas advertem: diferentemente do original árabe, a versão Casa 20 não é tão sequinha e maturada, mas é tão saborosa quanto. Pode ser natural, com zattar e com páprica (R$ 15 cada um).
Para o Dia dos Namorados, a Casa 20 preparou dois tipos de cestas: a de Café da Manhã, com capuccino, caneca e queijos; e a de Queijos e Vinhos, com duas taças, um vinho, pesto, pão, doces e três tipos de queijo. Os preços variam de R$ 120 a R$ 150.
Casa 20 Queijaria
Encomendas via redes sociais (Instagram e Facebook), com ao menos 5 dias de antecedência para a execução do pedido. Entregas em Taguatinga, Águas Claras, Asa Sul, Asa Norte e Guará. Ponto de venda físico: Mercadinho do Brasília, evento que ocorre de 15 em 15 dias, aos sábados, em frente ao Brasília Shopping.