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Até o tucupi! Veja onde comer pratos típicos do Norte em Brasília

O Metrópoles reuniu os melhores lugares da capital para provar receitas típicas dos estados do Norte do país

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Pato no tucupi, jambu, tapioca, açaí… A culinária do Norte do país possui uma riquíssima tradição, que mesmo se modificando e recebendo influência de outras gastronomias, ainda apresenta uma forte herança indígena

Em Brasília, alguns restaurantes, especializados ou não, oferecem aos clientes deliciosas receitas típicas da região, com seus sabores marcantes e ingredientes diferenciados. A valorização da cozinha nortista é acompanhada por uma popularização de receitas de origem indígena, caso da tapioca e do açaí, ainda que eles estejam sujeitos a combinações distantes do habitual. 

Geladinho

No Açaí Amazônia, o fruto de cor púrpura, considerado a joia do Norte, agrada tanto a puristas quanto a curiosos que adoram releituras. Quem está no primeiro grupo pode optar pelo do tipo grosso, ou baba, servido com açúcar à parte e farinha de tapioca. Ao segundo grupo, boa pedida é se esbaldar com a barca de açaí com frutas, sorvete e mais um punhado de complementos.

Na sorveteria Saborella, o mesmo açaí puro é usado para confeccionar sorvetes artesanais sem conservantes ou produtos químicos. O fruto ganha a companhia de outros “primos” , como a tapioca e a castanha do Brasil.

Criação manauara

Também é natural que receitas típicas apareçam em casas, bares e restaurantes de Brasília. Muda-se a montagem, coloca-se outro ingrediente, altera-se a forma de preparo. Mas a essência continua intacta. Muito comum em Manaus, o pirarucu de casaca com arroz (R$ 110,50, para duas pessoas), celebridade no cardápio do Dom Francisco, na Asbac, ilustra bem essa situação.

O prato é servido no arquipélago do Marajó ao Acre. No preparo, o peixe é dessalgado, frito e desfiado. Depois, a farinha d’água é encharcada em leite de coco até “inflar”. Quando está bem úmida e soltinha, é somada ao peixe. 

Por fim, acrescenta-se coentro, salsinha, cebolinha, cebola de cabeça, tomate e a banana-da-terra frita. Tudo é regado com azeite e levado ao forno para assar. 

Gostinho autêntico na feira 

Frutas, legumes, artesanato e… gastronomia do Norte. A Feira do Guará figura entre os pontos locais onde dá para se abastecer de clássicos da região. Basta procurar pelo quiosque Sabor do Pará, em funcionamento desde 2011. Nascida em Castanhal, cidade a 100km de Belém, Érika Guimarães toca o restaurante, onde há mais de 10 pratos típicos no cardápio.

Um dos mais emblemáticos é o açaí grosso e puro com pirarucu frito (R$ 35) acompanhado por farinha de puba. No menu, também há vatapá paraense (R$ 32) escoltado por arroz. O prato reúne elementos comuns na culinária nortista, como o camarão, tucupi e jambu.

O menu do Sabor do Pará é tradicionalíssimo e esse perfil se estende às bebidas. A barraca é um dos únicos estabelecimentos da cidade que vende o refrigerante Garoto, fabricado em Belém. Ele sai a R$ 7, a garrafa de 1 litro.

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Pirarucu de casaca do Dom Francisco
Vatapá com o Caruru do Sabor do Pará
Casquinha de coco fresco com pirão, farofinha e vinagrete do Jamburanas
Arroz de pato no tucupi do Du Pará
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Gelato de Açaí de Marajó da Saborella

Reprodução/Instagram
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Pirarucu de casaca do Dom Francisco

Rômulo Juracy/divulgação
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Vatapá com o Caruru do Sabor do Pará

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Casquinha de coco fresco com pirão, farofinha e vinagrete do Jamburanas

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Arroz de pato no tucupi do Du Pará

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Jambu & companhia 

No Jamburanas, instalado na multicultural Quituart e comandado pelo casal Patrícia Egito e Mariana Miranda, há receitas clássicas e criativas inspiradas na cultura nortista. O destaque absoluto fica para o risoto de pato com pesto de jambu e redução de tucupi, uma desconstrução do pato no tucupi. Ao custo de R$ 42, o prato fica bem se harmonizado com o mojito de jambu, rum infusionado com flores de jambu, hortelã, limão e folhas de jambu fresco (R$ 20).

 Se a ideia é um happy hour com amigos, vale provar a bebida com as patinhas de caranguejo grelhadas com molho de mostarda dijon e vinagrete, a R$ 25. O menu contempla o público vegano, sem perder a atmosfera regional e a personalidade. Basta observar criações como o seitan (carne de glúten) no tucupi com arroz e farofa da casa, por R$ 65.

Boa pedida na W3

A Du Pará, casa destinada aos preparos tradicionais nortistas, é comandada por dois paraenses, que nunca abandonaram suas raízes. Wady Dahas Rossy Filho e Pollyana Dahas colocaram no menu receitas familiares e tradicionais da região.  

Entre os pratos está o pato no tucupi. A receita, como o nome indica, leva pato e tucupi —  e também as folhas e o talo do Jambu. No estabelecimento, o preparo ainda vem misturado com o arroz e o pato destrinchado (R$ 30).

Para finalizar a refeição, a sugestão é conhecer doces tradicionais, como o creme de cupuaçu ou o creme de bacuri (a partir de R$ 9). Outra alternativa é pedir um dos bombons, de cupuaçu ou castanha-do-brasil (R$ 2,50, a unidade)

Tradição 

Quem procura uma comida típica do Norte, também não pode deixar de ir ao Delícias do Pará, quiosque localizado na Feira da Torre de TV. Do já famoso açaí na tigela a receitas menos conhecidas como o tacacá (R$ 25, pequeno; R$ 30, médio; R$ 30, sem goma pequeno; R$ 35, sem goma médio), tudo ali respira ares nortistas.

Chamam a atenção também o pirarucu desfiado com arroz e farofa (R$ 35) e a casquinha de caranguejo (R$ 35). 

Azedinho doce

Quem conhece o cupuaçu sabe que a fruta parece ter nascido para estrelar as mais variadas sobremesas. Com um sabor levemente ácido e difícil de ser descrito, o ingrediente é um queridinho na região, mas ainda aparece como um insumo tímido na maioria das cozinhas da capital. 

Isso não acontece na Oficina de Tortas. No local, cujo nome deixa claro a especialidade, o cupuaçu é a estrela de dois preparos: a caprichosa de cupuaçu e a garantida, ambas por R$ 75,90, o quilo.

A diferença é que a caprichosa se trata de uma torta com chocolate, pão de ló e polpa de cupuaçu, já na garantida, o chocolate é substituído por brigadeiro de chocolate branco. Os nomes escolhidos para os preparos são uma homenagem ao Festival de Parintins — uma apresentação a céu aberto onde o ponto mais importante é a disputa entre os bois folclóricos, o Boi Caprichoso, representado pela cor azul, e o Boi Garantido, pela cor vermelha.

Açaí Amazônia 

CLSW 101, Bl. B, lj. 38, Sudoeste. Telefone: (61) 3579-5334. 311 Norte, Bl. B, lj. 38. Telefone: (61) 3033-1133. Diariamente, das 12h às 22h.

Delícias do Pará 

Feira de Artesanato da Torre de TV, Bl. R, Box 578. Telefone: (61) 3327-1590). Sábado, das 9h às 19h, e domingo, das 9h às 18h.

Dom Francisco 

SCES, Tc. 2, Conj. 31, Asbac. Telefone: (61) 3226-2005. De segunda a sábado, das 11h30 à 0h; e domingo, das 11h30 às 17h.

Du Pará 

714 Norte, Bl. D, lj 39, em frente a W3. Telefone: (61) 3967-4007. De segunda a sexta, das 10h30 às 20h; sábado e domingo, das 10h30 às 18h.

Jamburanas 

QI 9/10, Canteiro Central, Quituart, Lago Norte. Telefone: (61) 98277-1016). Sexta, das 19h às 23h; e sábado e domingo, das 12h às 16h. 

Oficina de Tortas 

310 Sul, Bl. C, lj. 16; 3244-6235. Encomendas via WhatsApp (61) 99431-5005. Segunda a sexta, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 19h; domingo, das 10h às 17h. CLSW 304, Bl. A, lj 28. Telefone: (61) 3344-2373. De segunda a sábado, das 8h às 20h; e domingo, das 10h às 18h. Rua 14 Norte, lj. 13, Águas Claras. Telefone: (61) 3381-0414. De segunda a sábado, das 9h às 21h; e domingo, das 11h às 20h.

Sabor do Pará 

QE 23, AE, Orla, Quiosque nº 3, Feira do Guará, Guará 2. Telefone: (61) 4102-8484). De quinta a domingo, das 8h às 18h.

Saborella 

112 Norte, Bl. C, ljs. 38/48. Telefone: (61) 3340-4894. De segunda a sábado, das 12h às 22h; e domingo e feriados, das 12h às 21h. Quiosque 4, CasaPark. Telefone (61) 3361-0909. De segunda a sábado, das 10h às 22h; e domingo, das 12h às 20h.

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