Artigo: o que são aqueles produtos caros da gastronomia
Sempre vemos no cardápio pratos caríssimos com alguns ingredientes como açafrão e caviar
atualizado
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Alguns ingredientes são extremamente caros e, consequentemente, deixam os pratos com preços nas alturas. Conhecemos alguns deles de nome, mas você sabe exatamente o que são? Aí vai uma lista dos diferentões encontrados mais frequentemente:
Foie gras: o nome nada mais é que francês para “fígado gordo”. O ganso ou pato passa pelo processo de gurvage – a engorda forçada do animal, deixando o órgão inchado e amanteigado. A técnica, considerada extremamente cruel, tem sido banida em todo o mundo. Alguns produtores aprenderam a fazer esse procedimento de forma natural. Seu sabor forte é característico, muito utilizado em escalopes ou patês. O quilo sai por cerca de R$ 400.
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Trufas: esqueça a de chocolate, ela só tem esse nome porque se assemelha às trufas-negras quando encontradas na natureza. Trata-se de fungos, e os mais utilizados são da cor branca (trufas raras, caras e sazonais) e preta (também de valor elevado, porém nem tanto, porque perenes).
Esqueça o azeite de trufas, o fungo real tem um sabor característico e aroma complexo. A variedade branca é encontrada apenas em regiões específicas, principalmente nos meses de outubro e novembro. Seu uso é normalmente em lâminas, em conjunto com polentas, gema de ovo ou manteiga. O quilo das brancas ultrapassa R$ 20 mil.
Baunilha: a verdadeira fava de baunilha é a vagem de uma espécie de orquídea. As mais desejadas são de Madagascar. Originárias da América Central, começaram a ser cultivadas no mundo todo, porém a dificuldade em sua polinização e obtenção a deixa com esse valor tão elevado. Extremamente aromática, é a menina dos olhos dos confeiteiros. Confere aos preparos aqueles pontinhos pretos. Uma fava ultrapassa os R$ 30.
Açafrão: provavelmente a mais iguaria cara (por peso) que existe, trata-se do pistilo de uma orquídea. Seu preço se deve pelo baixo rendimento da produção – são necessárias cerca de 150 mil flores e uma área de 2.000m² de cultivo para se obter apenas um quilo da especiaria.
Muito utilizada na culinária espanhola, possui aroma, sabor forte e característico, além da coloração vermelha que confere aos alimentos. Não deve ser confundido com nosso açafrão-da-terra, o qual, apesar do nome, não se assemelha no sabor. Um quilo chega a ultrapassar R$ 70 mil, porém é um ingrediente que rende muito.
Caviar: trata-se da ova do esturjão. Usam o termo hoje em dia para designar qualquer ova de peixe, infelizmente. Em mercados, encontramos amplamente versões feitas a partir de seus primos mais acessíveis, como as de capelin.
O sabor das originais é de maresia, e elas são muito utilizadas inteiras em preparos, nunca passando por qualquer processo. A iguaria está sempre na finalização de algum prato premium do restaurante. Uma lata de caviar russo de 20 gramas ultrapassa R$ 1,5 mil.
Kobe beef: é a carne de origem japonesa advinda do gado Wagyu, sob regras de tratamento bastante específicas e rigorosas. Isso confere ao produto bastante gordura entremeada, maciez e sabor. O quilo dela, dependendo do corte, ultrapassa as centenas de dólares.