Artigo: farm to table 2.0 é a mais moderna tendência da gastronomia
O resto do mundo já está dando um passo adiante, falta o Brasil acompanhar esse processo
atualizado
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O farm to table (da fazenda para a mesa, em tradução literal) é uma tendência que já se estabeleceu em todo o mundo. Consiste, basicamente, na valorização dos pequenos produtores e utilização de insumos locais – a ideia busca romper com o intermediário entre os restaurantes e quem de fato cria ou planta a matéria-prima.
O resultado dessa cultura é colher produtos sempre frescos, orgânicos e sazonais. Na mesa, o aumento da qualidade é evidente, pratos com sabores e cores mais vivos, um custo menor e as questões ecológicas – menor distância de transporte reduz a emissão de gases poluentes.
Amplamente difundida na Europa e nos Estados Unidos, a prática ainda engatinha no Brasil, por razões como extensão territorial do país, distância de centros produtores e até mesmo burocracia na comercialização e produção.
Essa relação da cozinha com o campo estreitou-se ainda mais: debate-se, no exterior, o farm to table 2.0. Antes, o chef percebia a disponibilidade da matéria-prima que gostaria de usar e montava um menu sazonal. Como agora o diálogo está mais próximo, os cozinheiros começaram a conceber suas criações a partir de plantações específicas. O planejamento de cardápio surge com antecedência maior, porém, com uma garantia de frescor ímpar.
Isso tem permitido inclusive que o agricultor passe a conhecer maior gama de produtos e diversificar seus conhecimentos. Essa troca, que antes era apenas mais benéfica ao cozinheiro (produtos mais frescos e saborosos, conhecimento sobre a origem, preço melhor), agora beneficia também o agricultor.