Alimentação saudável: o que são as superfoods?

Em 2017, muito se falou sobre as chamadas superfoods (“supercomidas”), alimentos com alta concentração de nutrientes e propriedades superiores às dos alimentos comuns, inclusive na prevenção de várias doenças.

Elas não possuem um grupo específico. Podem ser frutas, vegetais, tubérculos. Nas frutas, a grande estrela é o mirtilo, rico em antioxidante e com vitaminas. Já nos vegetais, a couve é a mais comentada. Atribui-se à esta folha propriedades de regular açúcar no sangue, além de ser uma grande fonte de carotenoides.

No campo dos cereais, a quinoa – que na verdade é um semicereal – foi por muito tempo uma das principais superfoods por causa de seu alto índice de proteínas e por ser uma fonte de carboidratos com baixo índice glicêmico.

Entretanto, vários nutricionistas e cientistas discordam desse termo e duvidam inclusive da eficácia desses alimentos. Afirmam não passar de uma questão de publicidade. Apesar de serem de fato saudáveis, não encontram apoio em nenhum estudo científico que comprove mais benefícios à saúde do que os alimentos “comuns”.

Catherine Collins, responsável pelas dietas do Hospital Saint George em Londres, é categórica. “O termo ‘supercomidas’ é na melhor das hipóteses sem sentido e na pior, danosa. Há tantos conceitos errados sobre tais alimentos que não sei nem por onde começar a desmantelá-los.”