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Veja 5 tendências de coquetelaria que devem bombar nos bares em 2021

Especialistas apontam gins saborizados e vermutes como as bebidas que terão maior destaque no próximo ano

atualizado

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Coquetéis, drinques, coquetelaria
1 de 1 Coquetéis, drinques, coquetelaria - Foto: Foto: iStock

2020 chega ao fim e é época de fazer as apostas para o ano que se inicia em menos de um mês. Na área de coquetelaria, praticidade, qualidade e hospitalidade aparecem como as principais tendências para 2021. Os costumes que nasceram em meio à pandemia do novo coronavírus, como o de beber em casa e conhecer melhor os produtos, devem ditar a criatividade e o comportamento de quem trabalha com bebidas. “2020 foi um ano muito peculiar. Então temos vertentes diferentes para apostas, quase divididas por novos nichos de clientes”, aponta o mixologista Gustavo Guedes. 

Para te deixar por dentro de tudo que deve rolar depois da virada e ao longo dos próximos meses, o Metrópoles conversou com três especialistas do ramo de coquetelaria. Confira:

As bebidas do ano

O gin se consagrou como um dos destilados mais queridos pelos apreciadores de bebidas alcoólicas no país. E continua em alta no próximo ano. A bebida é versátil e pode ser combinada a diferentes ingredientes, com a proposta de agradar aos mais diversos paladares. Mas uma nova versão do destilado ganha cada vez mais abertura: os gins saborizados. “Acredito que a proposta tradicional já está estabelecida e segue forte. Já a categoria saborizada é novidade, o que vai gerar uma migração natural por curiosidade”, explica o mixologista Marco De la Roche, diretor de educação do Bar Convent São Paulo (BCB SP). 

Outra aposta de Marco para 2021 são os vermutes. Ele explica que existe uma tendência de consumo de coquetéis com baixo teor alcóolico, e que os vermutes são ótimas opções nesses casos. “Eles trazem o que precisamos para fechar essa conta. Sabor marcante, baixa graduação alcoólica e, muitas vezes, preços acessíveis.”

Mas a lista não para por aí. Gustavo Guedes conta que acompanha o aumento do consumo de uísque e bourbon de perto. “No Southside, eu percebi que as pessoas estão bebendo cada vez mais coquetéis com esses insumos. E não podemos deixar de lado o crescente consumo de rum fora do Brasil”, pontua o mixologista e empresário. 

Mixologista Gustavo Guedes
Gustavo Guedes aposta no bom e velho atendimento de balcão para aproximar clientes
Segurança e atenção especial

“Minha aposta principal é na hospitalidade”, revela Gustavo Guedes. Ele explica que o atendimento de balcão é algo que todo aficionado por coquetelaria ama. É um momento em que o cliente aprende sobre o que está bebendo e conhece novos coquetéis. 

O atendimento também foi destacado pela embaixadora do Bar Convent São Paulo, Carolina Oda. “A hospitalidade precisa entrar de vez na lista de prioridades. E quem não levar esse aspecto em conta sairá prejudicado.” 

Formada em gastronomia e especialista em bebidas, ela lembra que vai ser necessário garantir que as pessoas se sintam seguras. “Os bares vão precisar ter esse cuidado de entregar o melhor. É necessário entender que, às vezes, faz muito tempo que a pessoa que está ali não sai de casa, seja por questão financeira ou por receio”, finaliza. 

Carolina Oda
Carolina Oda acredita que é a hospitalidade é essencial para a coquetelaria em 2021
Um brinde ao Brasil 

Com bares fechados devido à pandemia do novo coronavírus, o brasileiro passou a beber mais em casa e a prestar mais atenção nos produtos que consome. Gustavo Guedes pontua que “os bebedores de coquetéis fizeram a própria pesquisa e passaram a entender o custo x benefício de produtos superiores”.

E esses insumos nem sempre precisam vir de fora. O mercado nacional conta com produtos de qualidade e que dão destaque a ingredientes locais. A cachaça Jós é exemplo disso. A bebida feita de jambu chegou a Brasília pela distribuidora Imagina Juntos, que trabalha apenas com produtos brasileiros, como o Amázzoni Gin e a cachaça Babuxca. 

Na lata ou na garrafa 

Os drinques prontos para beber vieram para ficar. As bebidas vendidas em latas e garrafas têm aparecido nas prateleiras de lojas especializadas e bares. Mas a proposta, aliada à pandemia, também impulsiona a criatividade de bartenders que acabaram criando bebidas exclusivas e diferenciadas para delivery. 

Exemplo disso é a Gingibre. A bebida mineira é uma versão enlatada da clássica gin tônica, com um toque a mais de sabor. Na receita, gin, limão e, claro, gengibre. O drinque também ganhou uma versão mais popular, a Beats GT. Lançada na época do carnaval com uma parceria entre a cantora Anitta e a AmBev, a bebida foi sucesso garantido e ainda marca presença na mesa do brasileiro.

Os drinques prontos também foram a aposta da Drink Beer. A marca nasceu em maio e conta com uma variada carta, com receitas tradicionais e outras um pouco mais modernas. No cardápio estão bebidas como o Gin Tânger, feito com gin, água tônica, kiwi, tangerina, xarope de açúcar e gelo. 

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O Gintânger leva gin, água tônica, kiwi, tangerina, xarope de açúcar e gelo, e custa R$ 35
A Drink Beer possui drinques a partir de R$ 29,99
A Beats GT foi um sucesso no carnaval. Ela pode ser encontrada em mercados e distribuidoras por um valor médio de R$ 6
A Ginta pode ser encontrada em três sabores: gingêr, clássico e berries. A lata custa em média R$ 13,99
A Le Mule vende Gin Tônica, Moscow Mule e Mojito enlatados. No site da marca, o conjunto com 6 latas clássicas sai a R$ 132
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A Gingibre pode ser encontrada em Brasília, na loja da Imagina Juntos. No app Goomer, o kit com 5 latas sai pelo preço promocional de R$ 60

Foto: Paulo Stefanini
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O Gintânger leva gin, água tônica, kiwi, tangerina, xarope de açúcar e gelo, e custa R$ 35

Foto: Reprodução/Instagram
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A Drink Beer possui drinques a partir de R$ 29,99

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A Beats GT foi um sucesso no carnaval. Ela pode ser encontrada em mercados e distribuidoras por um valor médio de R$ 6

Foto: Reprodução/Internet
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A Ginta pode ser encontrada em três sabores: gingêr, clássico e berries. A lata custa em média R$ 13,99

Foto: Internet/Reprodução
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A Le Mule vende Gin Tônica, Moscow Mule e Mojito enlatados. No site da marca, o conjunto com 6 latas clássicas sai a R$ 132

Foto: Mari Korman
Consumo consciente

A preferência por drinques com pouco ou nenhum álcool vem crescendo desde o início do ano, e promete ganhar força em 2021. “Os drinques sem álcool são tão bons quanto os que possuem. Os profissionais estão percebendo que as pessoas que não consomem álcool não devem ficar fora da cena de coquetelaria”, defende Marco De la Roche.  

O especialista Marco De la Roche é diretor de educação do Bar Convent São Paulo. E esse costume é mais comum do que se pensa. Muitas vezes o drinque envolve um momento de sociabilidade que não necessariamente precisa estar conectado pelo álcool, pode -se apenas degustar os ingredientes e se refrescar. 

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