metropoles.com

Sentimental, caseiro e gourmet: como fazer o café coado perfeito

Cafeterias especializadas estão ministrando cursos relacionados à bebida aos ávidos por conhecimento — e por cafeína!

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Hario V60
1 de 1 Hario V60 - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

O primeiro curso de extração de café do Seu Patrício Querido Café reuniu 22 clientes — cobaias, nas palavras do proprietário, Fabrício Lima — interessados em entender melhor os formatos utilizados na cafeteria. O teste deu tão certo que a casa está prestes a lançar a 3ª edição das aulas, prevista para abril ou maio de 2018.

“Eu amo ser professor, é minha maior vocação. Com os cursos, consegui retornar à atividade. De início, falamos de hario V60, prensa francesa e chemex. Isso aqui abriu portas para fazer cursos de outros métodos, além de diversos assuntos que são carros-chefe da casa: regulagem de moinho e ponto de extração de espresso”, conta Lima, que também é barista.

6 imagens
No Seu Patrício, boa parte dos grãos são torrados pelos brasilienses do Aha! Cafés. Recentemente, começaram a trabalhar com grãos da King Cafés Especiais, de Goiânia, além de estarem sempre em busca de grãos vindo da África e da América Latina
O Seu Patricio Querido Café inaugurou em outubro deste ano no Octogonal. No cardápio, a casa investe em preparos diferentes com o fruto, como o Cold Brew Tônica (café gelado com água tônica), e lanche
O barista escalda o filtro com água quente: tira o sabor de papel, além de evitar o choque térmico no bule
O método é pensado para que se faça movimentos circulares com o fluxo da água, no sentido contrário dos sulcos do porta-filtro
Convém aquecer as xícaras que serão utilizadas, para evitar choque térmico do café em contato com a louça
1 de 6

O coador da hario V60 tem sulcos nas laterais que facilitam a aderência do filtro às suas paredes e permitem trocas gasosas

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
2 de 6

No Seu Patrício, boa parte dos grãos são torrados pelos brasilienses do Aha! Cafés. Recentemente, começaram a trabalhar com grãos da King Cafés Especiais, de Goiânia, além de estarem sempre em busca de grãos vindo da África e da América Latina

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
3 de 6

O Seu Patricio Querido Café inaugurou em outubro deste ano no Octogonal. No cardápio, a casa investe em preparos diferentes com o fruto, como o Cold Brew Tônica (café gelado com água tônica), e lanche

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
4 de 6

O barista escalda o filtro com água quente: tira o sabor de papel, além de evitar o choque térmico no bule

5 de 6

O método é pensado para que se faça movimentos circulares com o fluxo da água, no sentido contrário dos sulcos do porta-filtro

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
6 de 6

Convém aquecer as xícaras que serão utilizadas, para evitar choque térmico do café em contato com a louça

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

 

É inusitado pensar que na maior nação produtora do grão, segunda maior consumidora da bebida, existam pessoas procurando aulas de como extrair um bom café coado: afinal, é passando um cafezinho que os dias de muitos brasileiros se iniciam. “O interessante é que as pessoas procuram beber e servir cafés de qualidade. É um hábito. Elas reconhecem o que é melhor, mas nos procuram porque querem isso na rotina delas”, explica Fabrício.

Dos métodos de preparo caseiro, o mais acessível para quem está iniciando é a hario V60. O produto japonês consiste em um coador afunilado, com sulcos nas laterais que vão parar em um buraco maior que o dos porta filtros tradicionais. O filtro adere mais facilmente à parede do objeto, e os sulcos garantem que o ar e a água passem pelo papel e extraiam o melhor sabor e aroma do café. Pedimos ao Fabrício para explicar como ele gosta de passar um bom café no método:

Seu Patrício não é o único estabelecimento brasiliense a ministrar aulas de extração de café. Depois de alguns testes nos eventos da Rota da Cafeína, o Ernesto Cafés Especiais vai dar cursos mensais de preparos caseiros com o mestre de torra Luciano Salomão, da Wolff Café. “É uma preocupação em buscar o produto de melhor qualidade, e isso valoriza toda a cadeia. O coado é o elo do café afetivo da casa da avó com a qualidade do melhor método”, comenta o proprietário do estabelecimento, Pedro Meira.

Mais antigo no ofício, o Lucca Cafés Especiais, de Curitiba, inciou os cursos para leigos e aspirantes a profissionais em 2005. Desde novembro de 2017, a empresa dá a opção aos alunos de se certificarem internacionalmente, com a aprovação da Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês), uma organização que representa de cafeicultores a baristas ao redor do globo.

“Todo brasileiro quer saber se a água do café deve ferver. O que eu vejo, como barista, e acompanhando o público final, é que as pessoas estão se dando conta de que café não é só pó e água quente. Agora, estão um pouco mais atentas e perceberam que ele deve ser preparado de uma maneira específica para ter uma bebida de qualidade”, comenta o instrutor e coordenador de cursos da empresa, Rafael Serato.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?