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Papo Espresso: 5 erros que você comete ao fazer o clássico café coado

Quer aprender a fazer um coado perfeito em casa? Veja quais erros você comete (e pare agora mesmo!)

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Homem fazendo café coado
1 de 1 Homem fazendo café coado - Foto: Reprodução/ Pinterest

Por mais prosaico que possa soar fazer um cafezinho, a bebida é uma ciência. Não é só unir água e pó de qualquer jeito e achar que sairá gostoso. Pelo contrário: até em métodos mais simples, a forma como é feita interfere diretamente no gosto e, por mais descomplicado que pareça, pode envolver muitas falhas.

Como vimos no último Papo Espresso, é imprescindível escolher bem o produto e comprá-lo em grãos. Com ele em mãos,  é hora de decidir a forma como será feito e, na grande maioria das vezes, o coado sai na frente de outros métodos menos comuns. Entre os métodos utilizados, tem o coador de pano (aquele dos tempos da “vovó”), a Melitta, a Hario V60, a Chemex, a Clever… Mas você já se perguntou por que o café coado costuma ser o preferido?

Segundo o barista Felipe Brazza, o método coado (por filtro de papel ou pano) é o mais utilizado pelos consumidores por resultar em uma bebida harmônica. Ou seja, com presença equilibrada de sabores e notas. “Para um preparo perfeito, a equação envolve a escolha de um café de qualidade e da moagem correta, além de alguns cuidados. A qualidade e a temperatura da água, o tempo em que passa pelo pó e outras dicas simples”, explica o profissional.

“Em comparação ao espresso, por exemplo, trata-se de uma bebida mais equilibrada. Justamente por trazer igualdade na percepção sensorial relativa a sabor, doçura, acidez, corpo e finalização. Na boca, soa como música clássica e não como heavy metal, entende?”.

Isso não tem a ver com a quantidade de cafeína extraída no processo, mas sim com o fato de todas as propriedades originais do grão serem extraídas igualmente. “Passar o café no coador tradicional resulta em uma bebida mais equilibrada. Por isso, é tão apropriada no dia a dia, ideal para consumo em qualquer momento. Diferentemente do espresso, que é intenso. É a forma mais prática de ressaltar características como corpo, doçura e acidez com equilíbrio”, sintetiza Felipe.

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No mercado atual, há coadores para além dos tradicionais, como os de silicone e de aço inoxidável
Há várias opções de coadores para deixar o café no ponto
Contudo, é preciso saber fazer bem o método
E nem todo mundo sabe como elaborar um bom coado em casa
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O coado é um dos queridinhos dos brasileiros

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No mercado atual, há coadores para além dos tradicionais, como os de silicone e de aço inoxidável

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Há várias opções de coadores para deixar o café no ponto

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Contudo, é preciso saber fazer bem o método

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E nem todo mundo sabe como elaborar um bom coado em casa

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Saiba quais erros você comete ao elaborar o seu cafezinho coado (e pare agora mesmo):

Você escolhe um café na moagem errada

Depois de comprar o seu café em grãos (como reforçamos nesta matéria), o produto pode ser moído em casa ou em alguma cafeteria em uma granulometria de acordo com a preferência pelo método de preparo específico. Isso serve para preservar ao máximo as propriedades sensoriais do fruto e garantir frescor à bebida, já que o grão começa a oxidar assim que é torrado e moído.

Para o filtro de pano ou de papel, o barista indica a moagem média, que lembra grãos de areia ou a textura do açúcar demerara. “Não é uma moagem tão fina, para extrair tanto como no café espresso ou no café turco, pois no filtro de papel ou de pano levaria muito amargor à bebida. E nem tão grossa, devido ao tempo da passagem da água, que é relativamente rápido”, ensina.

Você usa água da torneira

É preciso falar da qualidade da água. “Muitos usam água de torneira por pensar que a temperatura mata impurezas. Mas o problema aqui é o cloro, que não sai na fervura e, em contato com o café, destrói suas partículas aromáticas. Portanto, só use água filtrada ou mineral no preparo do café coado”, frisa Brazza.

A temperatura também é ponto-chave. “A água deve ferver, fazer bolhas grandes. O café deve ser passado com a temperatura em 95 ou 96 graus, nunca abaixo de 90. Por ser hidrossolúvel, as moléculas do café são quebradas pelas moléculas de água e é o calor o responsável por extrair as propriedades do café”, elucida.

Não utilize água da torneira!
Você não escalda o filtro

Agora, sim, podemos falar de uma outra dica de ouro no preparo do café coado tradicional: escaldar o filtro. “Basta entornar a água em toda a extensão do coador. O processo retira o sabor de celulose do filtro e ajuda na extração de um café mais puro”, segundo o expert.

Você usa a proporção errada de café

Na dúvida entre a quantidade de pó por volume de água? A dica é simples: basta aplicar a proporção de 10 para 1 (10/1), ou seja, de 10g a 12g de café (ou uma colher de sopa mais ou menos generosa) para cada 100ml de água. Para mais quantidade, basta repetir a regra.

Você não faz uma pré-infusão

A água ferveu em bolhas grandes e temperatura ideal? Agora é hora de “hidratar o pó” jorrando uma pequena quantidade de água por cima (apenas até cobrir), esperar escoar e só então passar o restante. O barista também indica executar pequenos movimentos circulares concentrados no centro da borra enquanto despeja a água.

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