Nicolas Bier será lançada neste sábado (19) em festa no Viveiro Pau Brasília
A cerveja com a marca do poeta Nicolas Behr sai em quatro tipos, cada um deles temperado com um ingrediente do cerrado
atualizado
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A ideia partiu do mestre cervejeiro Fábio Caldas. Mas o mote foi dado pelo próprio Nicolas Behr: “Se beber, redija”. E assim o mais pop dos poetas brasilienses se mete em mais uma de suas aventuras pessoais para além da literatura. A linha de cervejas Nicolas Bier será lançada neste sábado (19/09) dentro do habitat natural de seu homenageado, o Viveiro Pau Brasília, no Polo Verde do Lago Norte.
Nicolas Behr acorda cedo, então a festividade batizada de “Septemberfest” está marcada para às 10h. E Nicolas não para de produzir, então as primeiras garrafas serão abertas juntamente com um novo livro a chegar quentinho do prelo para esta manhã de autógrafos. Trata-se de “Brasilyrick”, o primeiro volume bilíngue produzido pelo antigo agitador de mimeógrafos. Seus poemas aqui foram vertidos para a língua original dos Behr: o alemão.Também arriscando um acento germânico, estimado pelo poeta e por seus familiares, a Nicolas Bier tem quatro diferentes tipos, todos produzidos pela cervejaria brasiliense Käfer. Cada um deles traz em sua fórmula algum ingrediente próprio do Planalto Central, bem a propósito de Behr, que se divide entre a poesia e a botânica.
Quatro receitas
A versão weizen da cervejinha, assim, é uma hefeweizen com o trigo aditivado pela baunilha do cerrado. A american pale ale, por sua vez, concilia o lúpulo citra com a plantinha assa-peixe. Já a amber ale combina notas caramelizadas de malte com polpa de buriti. Enquanto a cerveja escura do tipo porter traz malte torrado e sucupira.
Cada garrafinha custa R$ 20 e tem edição limitada. Foram produzidas apenas 96 unidades de cada uma das quatro versões. Na manhã de lançamento, um kit com preço promocional (R$ 65) pode ser formado com um exemplar do livro “Brasilyrik”, uma garrafa a escolher e uma tulipa personalizada com o rótulo da Nicolas Bier.
Bolado pelo designer Caio Porto, o rótulo da Nicolas Bier se vale da figura imediatamente reconhecível do popstar Nicolas Behr, com aqueles seus óculos de aros redondos, sua cabeleira platinada, seus bigodes & cavanhaque.
“Quero acabar com essa história de que todo poeta é um trágico”, explica Nicolas Behr, bebendo uma Coca-Cola no Beirute da 109 Sul, enquanto conversa com a reportagem do Metrópoles na hora do almoço. “As pessoas têm ideia de que o poeta é um louco, um esquizofrênico que pensa em se matar. Não tem nada disso. O poeta também sabe se divertir e gosta de uma cervejinha para ficar escrevendo melhor.”