Fácil! Expert ensina a ler (e entender) o rótulo da garrafa de vinho
Sabe o que significam aquelas informações contidas no rótulo da garrafa de vinho? Elas representam a certidão de nascimento da bebida
atualizado
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Sabe o que significam aquelas informações contidas no rótulo da garrafa de vinho? Elas representam a certidão de nascimento da bebida, e podem até parecer difíceis e confusas, mas é importante compreendê-las para saber que tipo da Bebida de Baco você estará consumindo. Pensando nisso, convidamos a sommelière Bárbara Soares para dar algumas dicas.
A expert explica que, por meio dos dados presentes no rótulos, assim como os contrarrótulos, é possível esclarecer dúvidas e chegar a um denominador comum no momento de escolher um vinho para comprar e degustar. “Como todas as bebidas, existe legislação específica que determina tais informações”, informa.
O Metrópoles preparou um “manual” para te ajudar na hora de ler o rotulo.
Confira:
O que deve ser observado em rótulos e contrarrótulos:
- Nome do vinho: geralmente, vem em destaque no rótulo;
- Nome do produtor e/ou engarrafador: Alguns produtores utilizam apenas o nome da própria vinícola. Algumas vezes, é seguido pelo nome da uva e safra. Esse elemento também pode aparecer em evidencia;
- Nome do importador/distribuidor;
- Tamanho da garrafa/volume, majoritariamente de 750ml;
- Graduação alcoólica: representa, em porcentagem, o teor alcoólico presente na bebida (%vol);
- País de origem;
- Safra (o ano em que a bebida foi colhida): é importante destacar que em alguns casos, o ano da colheita não coincide com o do engarrafe. Os vinhos da região do Douro, em Portugal e de Champagne, na França, não contém o ano da safra porque são produzidos a partir da mistura de uvas colhidas em anos diferentes;
- Local de engarrafe;
- Classificação do vinho (tinto, branco, rosé, espumante ou fortificado);
- Região de origem (essa informação pode indicar qualidade);
- Variedade da uva (Geralmente, os vinhos mais tradicionais da Borgonha, na França, não apresentam essa informação, já que os vinhos desta região costumam serem produzidos a partir da variedade pinot noir, uma uva originária de Borgonha.
Vale destacar a importância dos sulfitos (dióxido de enxofre). Eles devem ser citados com um aviso no contrarrótulo de vinhos americanos, assim como as consequências do seu uso. A obrigatoriedade se estende aos vinhos da União Europeia.
“Em países como Itália, França, Portugal, o vinho é comumente identificado no rótulo pela variedade da uva predominante”, explica a especialista.
No contrarrótulo, é comum encontrar a lista de outras variedades de uvas usadas em blends portugueses, por exemplo. De acordo com a sommelière, a legislação vigente no Brasil pede que apareçam as seguintes informações: registro do Ministério da Agricultura, responsável técnico, composição, se há ou não glúten, validade, frase de advertência de consumo e número de lote.