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De olho no público jovem, empresas apostam no vinho em lata

Com o intuito de descomplicar o consumo da bebida, empresários decidiram vender vinho em lata para momentos mais informais

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Vivant Vinhos
1 de 1 Vivant Vinhos - Foto: Alex Woloch/Divulgação

Tendência nas praias e piscinas no verão de 2020, os vinhos brasileiros em lata chegaram para ocupar uma lacuna no mercado da bebida: o público jovem. A proposta das marcas é justamente descomplicar o consumo e dar um aspecto mais jovial e divertido ao vinho.

No caso da brasileira Vivant Vinhos, a ideia de produzir o fermentado voltado para o mercado jovem surgiu de uma experiência desconfortável para um dos sócios, Leonardo Atherino. “Na mesma semana em que tivemos a primeira conversa sobre o projeto, ele foi a uma balada no Rio de Janeiro e comprou um vinho. Passou uma hora e meia da festa com uma garrafa na mão, a taça na outra. Se precisasse cumprimentar alguém, tinha que colocar a garrafa no chão, entre os pés. No dia seguinte ele me ligou e disse que se quiséssemos mesmo seguir em frente com a ideia, a garrafa não era a melhor opção”, lembra Alex Homburger, um dos sócios da marca.

A dupla entrou em contato com André Nogueira, um amigo que trabalhava com logística e deu a ideia: por que não seguir a tendência europeia de vinho em lata? “Achamos a cara do Brasil e resolvemos desenvolver por aqui. O plano sempre foi pegar essas ocasiões de consumo como praia, piscina, festas… Nosso objetivo não é competir com a garrafa de vinho, mas levar praticidade a ocasiões em que o vidro não é bem-vindo”, comenta Alex.

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O rosé e o branco têm boa saída no verão, enquanto o tinto é uma opção para dias frios
A ideia do vinho em lata é descomplicar o consumo – e mirar no mercado jovem, ainda não explorado com a bebida
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Tendência no verão de 2020, os vinhos em lata são opção para quem gosta da bebida até na piscina

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O rosé e o branco têm boa saída no verão, enquanto o tinto é uma opção para dias frios

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A ideia do vinho em lata é descomplicar o consumo – e mirar no mercado jovem, ainda não explorado com a bebida

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Até pela ocasião informal e festiva, os vinhos não têm aspectos sensoriais muito complexos – mesmo porque a ideia é descomplicar o consumo. Assim, os brancos e os rosés geralmente são leves e refrescantes, enquanto os tintos são adocicados e frutados. “Achamos importante ter o tinto principalmente porque é o que a maioria esmagadora consome no Brasil. Não tinha como ficar de fora do portfólio. Apesar de explorarmos o verão com o branco e o rosé, o restante do ano tem uma boa sazonalidade para o tinto”, define Alex.

Sensorial simplificado

Sommelière em Brasília, Etiene Carvalho responde a pergunta que não quer calar: o sabor muda da garrafa para a lata? “Se for o mesmo vinho, não. Pelo contrário, é bom porque a lata preserva a baixa temperatura e protege da luz, que é o maior problema do vinho branco, por exemplo. Mas são vinhos feitos para consumo rápido. Nada de pegar uma lata dessas e guardar, até porque é um produto feito para ser alternativa à cerveja em festas”, adverte a especialista.

“Como consumidora, acho maravilhoso estar em um show e poder beber um vinho na latinha. Para entendido beber na praia, no jogo de futebol, é muito bom. Muita gente é contra, mas eu defendo porque acho melhor começar na lata que no garrafão, que tem mais açúcar que uva. Um vinho mais simples é o primeiro passo para quem, no final, pode ser um grande consumidor”, avalia Etiene.

Para Guto Jabour, da GB Vinhos, a alternativa é uma forma de democratizar o consumo de vinho. “O legal é tirar o vinho do pedestal, de ser uma bebida difícil, que a pessoa tem que entender, conhecer e saber as notas para apreciar. Pode ser uma bebida complexa como a cerveja, ou simples e agradável como uma cerveja. Não tem que entender de vinho para gostar de beber. A lata é legal porque descomplica”

“Eu só tenho uma ressalva! Tenho minhas dúvidas se o vinho fica bom na lata. Eu já provei vários e nunca quis repetir a dose. Se tiver a mesma cerveja em lata e na garrafa, eu sempre prefiro o vidro, acredito que seja melhor. Talvez um caminho para o vinho, em paralelo à lata, seja a long neck“, contrapõe Guto.

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