Cientistas criam vodca “atômica” com grãos vindos de Chernobyl
A bebida não faz mal à saúde e foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra
atualizado
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Já são quase 35 anos desde o pior desastre nuclear do mundo, em Chernobyl, na Ucrânia. Agora, cientistas criaram o primeiro produto de consumo a partir de ingredientes vindos do local: uma vodca artesanal.
A Atomik não faz mal à saúde e foi desenvolvida por cientistas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. A iniciativa vem de um projeto de pesquisa de três anos sobre a transferência de radioatividade para as culturas da área ao redor de Chernobyl.
Bebida atômica?
Jim Smith, líder do projeto, contou à rede CNN que o time de cientistas descobriu que na área as colheitas estavam “ligeiramente acima do muito cauteloso limite ucraniano para o consumo”. “Então, tecnicamente, você não pode comer essas colheitas”, explica Smith. “Mas nós pensamos: ‘Temos alguns grãos, por que não tentamos fazer uma vodca?'”.
Os especialistas diluíram o álcool com água mineral de um aquífero da cidade de Chernobyl, localizado a 10 km do reator nuclear que, segundo eles, está livre de contaminação. Apesar de uma certa radioatividade ter sido encontrada nos grãos utilizados para fazer a vodca, os cientistas garantem que a bebida é segura para consumo, pois a destilação reduziu as impurezas a um nível indetectável.