Café colhido das fezes de pássaro chega à cafeteria de Brasília
Considerado uma iguaria entre os amantes da bebida, este café é um dos mais caros do mundo
atualizado
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O brasiliense que tem curiosidade com o famoso “café do cocô do passarinho” poderá finalmente descobrir que gosto essa iguaria tem: na próxima terça-feira (26/11/2019), o grão produzido pela fazenda Camocim, em Domingos Martins (ES), vai chegar às estantes do Sterna Café.
Torrado pela mineira Unique, o pacote de 150 gramas recebeu o nome Di Pássaro e custa R$ 79,90. O preço elevado do grão se dá graças ao processo delicado que envolve a colheita e o processamento do café, feito no sistema digestivo da ave jacu. Para quem quiser apenas degustar, a casa vai servir a iguaria em métodos coados, com valores que variam entre R$ 9 e R$ 11.
O pássaro apareceu na fazenda em 2006 como praga: as aves barulhentas comiam apenas os frutos maduros do café e quebravam os galhos das plantas ao se apoiarem para se alimentar. O proprietário do cafezal, Henrique Sloper, não sabia bem o que fazer com o problema até notar que os grãos não são digeridos pelo jacu e aparecem inteiros nas fezes.
Durante o processo digestivo, o fruto é despolpado, sem sofrer agressão dos ácidos estomacais da ave. Depois de passar pela barriga do jacu, o grão é levado a um longo e minucioso processo de limpeza, separação e seleção. O café, considerado um dos mais caros e exóticos do mundo, teve pontuação 91,12 na escala da Specialty Coffee Association (SCA).
Venda exclusiva do café Di Pássaro
Terça-feira (26/11/2016), das 7h às 22h, no Sterna Café (702/703 Norte, Bloco H, Loja 53). Entrada franca. Livre para todos os públicos