Brasilienses competem em campeonatos de café durante a SIC 2019
O barista Bruno Marcel e os torrefadores Rodrigo Augusto e Pedro Anjos se somam a Mariana Mesquita na lista de competidores do DF no evento
atualizado
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Belo Horizonte (MG) – O segundo dia da Semana Internacional do Café 2019 (SIC) teve a presença não só de empresários do ramo no Distrito Federal, mas competidores da capital federal em diversos concursos relacionados à bebida. Em uma das principais disputas do dia, o Campeonato Brasileiro de Barista, se apresentou Bruno Marcel, que trabalha no café D’Lurdes.
Nos 15 minutos de apresentação, Bruno teve que entregar aos juízes quatro cafés espressos, quatro bebidas com leite e quatro drinques autorais não alcoólicos. O competidor levou não só um café cultivado no Lago Oeste, produzido por Carlos Coutinho, mas também usou o mel de cacau fornecido pela LaBarr, fábrica de chocolates de Águas Claras. Esta foi a primeira participação do brasiliense em um campeonato de barista.
Bruno se uniu a Mariana Mesquita, barista da Bike Brew que participou na quarta-feira (20/11/2019) do Campeonato Brasileiro de Preparo de Café. Nenhum dos dois se classificou para a final, que acontece nesta sexta-feira.
Fora do circuito oficial da Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA), o International Coffee Roast Master Championship, concurso de torra de cafés, teve como participantes os torrefadores brasilienses Rodrigo Augusto, da Anero Café, e Pedro Anjos, da Mokado. Cada candidato recebeu três grãos verdes diferentes e foram desafiados a torrar e fazer um blend com o trio em uma hora. Os resultados serão divulgados na sexta-feira (22/11/2019).
O barista Daniel Viana, terceiro colocado no campeonato Coffee in Good Spirits de 2019, se uniu a outros grandes nomes da cadeia, como a atual campeã de barista Martha Grill, na atuação como juiz durante o campeonato de barista.
Debates
O segundo dia da SIC 2019 reuniu palestras e mesas de discussão mais técnicas, com o Fórum da Cafeicultura Sustentável. No auditório principal do evento, os presentes debateram como agregar valor ao produto do campo, turismo rural e comércio alternativo dos grãos verdes.
Um grupo de cafeicultores mineiros se reuniu em uma sala à parte para trocar experiências sobre origem controlada, processos de diferenciação e valor para a produção, tecnologia e comércio. Ao final, a mestra de torra Geórgia Franco, da Lucca Cafés, mediou um debate com os presentes.
O trabalho com o público, inclusive de mostrar que o café especial é mais suave na boca, e não um chafé, é uma batalha. A nossa missão na cadeia é na parte educacional, hoje nos preocupamos que o consumidor realmente esteja remunerando aquele café. Isso envolve uma série de coisas, mas principalmente a transparência não só em termos de valor, mas de fazermos um perfil de torra que o cliente tenha condições de entender. Se ele não percebe na boca, você vende o rótulo, ele compra uma só vez e não volta
Geórgia Franco, mestra de torra e proprietária da Lucca Cafés Especiais, em Curitiba
A repórter viajou a Belo Horizonte a convite da SIC.