Artigo: champagne ou prosecco, qual a diferença entre os dois?
Franceses e italianos competem em mais uma área da gastronomia
atualizado
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Os espumantes são a bebida principal para os brindes da virada e, dentre eles, os mais famosos certamente são o champagne e o prosecco, de origens francesa e italiana, respectivamente.
Em média, os proseccos são cerca de 30% mais baratos que os champagnes, mas a qualidade e o paladar de ambos são bastante apreciados e não há consenso sobre qual é de melhor qualidade. Vamos diferenciá-los em aspectos mais objetivos. Os dois possuem Denominação de Origem Controlada (DOC). Em outras palavras, significa que só podem carregar esse nome caso repeitem padrões como local e métodos de produção.
O local é o primeiro. O prosecco carrega essa alcunha quando é produzido nas colinas de Treviso, em uma região chamada de Conegliano Valdobbiadene, já o champagne deve ser produzido na região homônima localizada no Nordeste da França. Vale lembrar que cada terroir confere características únicas às cepas de uvas utilizadas na fabricação.
O espumante italiano é produzido unicamente com glera, uva típica da região, já seu parente francês possui três variedades com proporções não fixadas: pinot noir, pinot meunier e chardonnay.
O método de produção é onde eles mais se diferem, o prosecco passa pelo método charmat: o mosto da uva é mantido em barricas pressurizadas por até seis meses e depois é envasado, para consumo imediato.
O champagne é feito de acordo com a técnica champenoise: é envasado primeiro, com uma mistura de vinho e açúcar, e envelhecido em garrafas posicionadas horizontalmente, por 18 a 30 meses; depois, os recipientes são rotacionados diariamente por até dois meses, até chegar quase à vertical. Isso garante que os sedimentos se depositem no gargalo, permitindo sua retirada.
Outro espumante que merece menção é a cava, de origem espanhola, essa bebida surgiu como uma cópia do seu primo francês, possuindo mesmo método de produção, porém, usando terreno e cepas locais.