A primavera está aí! 13 vinhos refrescantes para experimentar na estação
A temporada combina com vinhos brancos, rosés, além dos tintos com toque fresco. Veja nossa seleção e aproveite
atualizado
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Na próxima terça-feira (22/9) entramos na estação mais leve, colorida e florida do ano: a querida primavera. Comidas mais frescas, programas ao ar livre, flores roubadas dos muros vizinhos e, claro, muitos vinhos para cada uma dessas situações que só a primavera é capaz de trazer tão bem.
Como é de se imaginar, na estação (perdendo apenas para o verão, obviamente) são os vinhos brancos que têm o protagonismo. Contudo, há uma gama de vinhos que vão ao encontro desse clima: espumantes, brancos, rosés e alguns tintos mais leves. “Quando uma pessoa me diz que não gosta de branco ou rosé, brinco respondendo que cada vinho tem seu momento”, diz a sommelière Rosana Ferreira, da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS).
Para a expert, porém, nenhum vinho simboliza tanto a primavera quanto o rosé. “Com sua cor exuberante e frescor, não pode faltar à mesa, exatamente como na Provence, no Sul da França, o berço do rosé, onde esse vinho harmoniza perfeitamente com o clima ensolarado e a culinária regional, mais leve e alegre.” O rosé tem uma grande vantagem: vai bem tanto com legumes, saladas, peixes e frutos do mar, como com carnes mais leves, grelhados e massas. Uma boa saída para mesas em que uns preferem peixes e outros, carnes.
Uma dica de Rosana Ferreira é beber o vinho com a receita típica da Provence, que também cai muito bem na primavera: o ratatouille, prato que ganhou fama pelo desenho animado de mesmo nome, preparado com berinjela, pimentão, abobrinha, cebola, alho e azeite de oliva.
Pensando nisso, a sommelière Rosana Ferreira e o sommelier Lúcio Antônio Grecco, especialista em espumantes e vinhos brancos, além da importadora Porto a Porto, e a Casa Flora, elencaram algumas indicações de bons rótulos para saborear durante a estação. Confira:
Para os apreciadores de espumante, a cava Don Román Brut é uma deliciosa sugestão para acompanhar aperitivos. Elaborado pelo método tradicional, ou seja, a segunda fermentação acontece na garrafa, apresenta aromas florais e frescos, com boa persistência em boca. Quem prefere os brancos pode experimentar o Marquês de Borba Colheita, produzido na região do Alentejo pelo produtor João Portugal Ramos. Ideal para acompanhar pratos leves, é um rótulo que possui boa estrutura e longo final em boca.
O Chan de Rosas Clássico é elaborado 100% com a uva Albariño na região da Galícia, na Espanha. Excelente escolha para se beber sozinho ou para acompanhar frutos do mar. Já o português Régia Colheita branco é mais estruturado e untuoso em boca, ideal para acompanhar peixes assados. Apresenta corpo médio, boa acidez e concentração de frutas.
O Lawson’s Dry Hills Gewurztraminer também pode ser uma boa opção. A Gewürztraminer é uma variação genética da uva Savagnin, famosa por gerar vinhos brancos muito aromáticos. Uma das regiões responsáveis pelos vinhos mais notáveis feitos com essa variedade é a Nova Zelândia. Não por acaso, esse também é o local onde é vinificado o Lawson’s Dry Hills Gewürztraminer. No paladar, esse vinho apresenta acidez suculenta e final de boca adocicado. São bebidas diferentes, untuosos e oleosos em boca, além de alta mineralidade. Extremamente aromático, acompanha muito bem frutos do mar e peixes leves.
Quando assunto é vinho rosé, indicamos três rótulos que são ótimos para dias quentes e frescos, típicos da primavera. O francês Le Rosé de Floridene é elegante e saboroso, pode ser degustado sozinho ou acompanhado de pratos à base de peixes. O Monsaraz Rosé, de aromas de frutas vermelhas como framboesa, é um rótulo português que harmoniza com saladas, mariscos e sushi.
Outra boa aposta é o La Borie Côtes de Provence, feito na região da Provence, na França, e produzido pela vinícola Jean Bouchard. É de uma coloração rosa brilhante, e entre seus aromas é possível perceber notas de frutas vermelhas frescas, como cereja e framboesa. Também apresenta uma acidez saborosa, perfeita para os dias de primavera, e um final seco e agradável. Esse rótulo é perfeito para acompanhar frutos do mar, como camarões grelhados com ervas, saladas e aperitivos, ou até carne de cordeiro grelhada ao molho de hortelã.
Indo para os tintos, o português Tons de Duorum é ideal para acompanhar carnes vermelhas e massas com molhos encorpados, resultado dos seis meses de envelhecimento em barrica. Outra dica do Douro, em Portugal, é o Duorum Colheita. Vinho de elegância ímpar, apresenta taninos firmes e acidez equilibrada. Se a proposta é acompanhar queijos curados, a dica é o Monsaraz Reserva DOC Alentejo, de grande complexidade aromática e persistência em boca, resultado dos nove meses em barricas de carvalho.
Ainda de Portugal, o Quinta do Cachão acompanha carnes grelhadas, por exemplo, pois possui taninos bem maduros e macios em boca. Com aroma frutado, esse rótulo estagia seis meses em barrica de carvalho francês. O Castellani Primitivo também é uma boa opção. Produzido pela vinícola Castellani, é perfeito para harmonizar com carnes vermelhas leves, como filé mignon e cortes suínos, ou até massas ao molho sugo e bolonhesa. Trata-se de um vinho refinado, e apresenta aromas de frutas vermelhas madura, e agradável toque frutado no paladar, com acidez refrescante.
Para fechar a lista, o espanhol Don Román Tinto. Elaborado com a uva Tempranillo, combina perfeitamente com paella à base de carnes e embutidos. Possui ótima estrutura e complexidade, com um suave toque fresco em boca.