Rodada com expulsões, gritos homofóbicos e falta de critério do VAR
O VAR ainda precisa de muitos ajustes. Alguma coisa está fora do eixo e, até consertá-la, infelizmente, algum time sempre será prejudicado
atualizado
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Nesse final de semana, não foi só a bola que rolou. Rolaram também vários cartões vermelhos. Uns corretamente e outros nem tanto. Teve “pegadinha” com a torcida do Inter e até cachorro invadindo o campo.
Vamos à análise de arbitragem dos principais lances!
Goiás 2 x 1 Internacional
O torcedor do Inter levou um baita susto. Isso porque, imediatamente após o gol da equipe colorada, o árbitro foi acionado pelo VAR para ver a imagem. Deu a impressão de que era para revisar o gol, mas, para alegria do torcedor gaúcho, o lance que estava sendo revisado era de uma suposta agressão de Léo Sena, do Goiás, contra o Rithely, na origem do gol. Na disputa, o jogador goiano pisou na perna do atleta colorado. O árbitro deu vantagem e depois aplicou o amarelo. O VAR chamou para revisão e, olhando a imagem, o juizão trocou pelo vermelho. Exagero, já estava resolvido!
No lance que era pra vermelho, o VAR nem deu as caras. O juiz não viu a cotovelada do Kayke, do Goiás, no Wellington Silva, pois aconteceu fora da disputa da bola. Faltou critério na hora do VAR intervir!
Grêmio 2 x 1 Athletico-PR
Aos 24 do primeiro tempo, o árbitro marcou pênalti na disputa entre Patrick, do Grêmio, e Márcio Azevedo, do Athletico. Patrick colocou a perna na frente do jogador paranaense e o atingiu. O árbitro de vídeo chamou para a revisão. Ao ver a imagem, manteve a sua decisão. O VAR é para erro claro, e não interpretação. Tem decisão que deve ser tomada em campo, e não no monitor.
Vasco 2 x 0 São Paulo
Falando em exagero, o São Paulo também teve um jogador expulso. Raniel, do tricolor, em uma dividida de bola, subiu o pé mais do que devia e pegou de raspão na cabeça de Richard, do Vasco. O VAR acionou o juizão que, depois de cinco longos minutos, checando a imagem, deu o vermelho. A demora só pode ter uma justificativa: o VAR tentou convencer Daronco de que o lance era de expulsão. Mas será que foi para tudo isso? O amarelo seria suficiente.
Nesse mesmo jogo, aconteceu um fato inédito. Pela primeira vez, o juiz paralisou o jogo devido a gritos homofóbicos por parte dos torcedores, nesse caso, os cruz-maltinos. Na nova determinação, caso continuassem, o juiz poderia até acabar a partida e conceder a vitória para a outra equipe. A pedido de Luxemburgo e Pikachu, e para o bem do futebol e da sociedade, a torcida parou e o jogo pôde continuar. Xô, preconceito!
Avaí 1 x 1 Corinthians
Um jogador de cada lado foi expulso. Os dois corretamente. O primeiro foi Michel, do Corinthians, por ter dado uma cotovelada em Brenner, que ficou sangrando. O sangue não impressionou tanto o juiz, que só deu o vermelho por causa do VAR. Ia passar batido. Já Betão, do Avaí, fez falta em Vagner Love, que estava sozinho de cara para o gol. Esse nem precisou do vídeo.
Santos 3 x 3 Fortaleza
O primeiro gol do Santos, inicialmente, foi anulado por impedimento pelo bandeira em campo, mas olhando a imagem com a tecnologia 3D, o VAR confirmou. Não há o que discutir. O VAR também influenciou na marcação do pênalti a favor do Fortaleza. Aguilar, do Peixe, derrubou Edinho na área. Lance de interpretação, o VAR nem deveria meter o bedelho. Mas já que viu, o juizão deu o penal. Deveria ter deixado o jogo seguir.
Cruzeiro 1 x 1 CSA
Para descontrair. Aos 31 do segundo tempo, um cachorro invadiu o campo. Um gandula, que estava correndo atrás do animal, fazendo marcação individual, acabou caindo no meio do gramado. O VAR deveria ter chamado o juizão para confirmar se o drible canino foi faltoso ou foi pura habilidade (risos). Tem equipe que já está de olho na contratação do “doguinho”.
O VAR ainda precisa de muitos ajustes. Falta critério. Ora chama, ora não. Será que os árbitros não entendem a instrução da comissão ou a instrução passada para eles que é confusa? Alguma coisa está fora do eixo e, até consertá-la, infelizmente, algum time sempre será prejudicado.