Por que devemos amar o VAR?
Reuni as principais queixas contra o árbitro assistente para provar que o recurso não tem culpa das reclamações que recebe
atualizado
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Desde que foi introduzido para valer no futebol, o VAR tem sido objeto de intenso debate. Os defensores afirmam que sua utilização tem eliminado injustiças que poderiam prejudicar o trabalho feito por jogadores e técnicos. Já os detratores dizem que…bem, eles dizem muita coisa!
Na coluna de hoje, vamos analisar os principais argumentos contra o VAR. Tentarei mostrar, ao fim da coluna, como esse recurso tem sido, na maioria das vezes, positivo para o esporte.
“A tecnologia torna o futebol chato”
Se você acha isso, provavelmente sua vida é muito chata ou totalmente desconectada do mundo digital. Hoje somos movidos pela energia que carrega nossos celulares. A internet é o que nos conecta inclusive aos “bons dias” dos grupos de família. O futebol não poderia ficar de fora dessa. Afinal, se o árbitro pode ver a imagem e tomar a decisão correta, por que não usar esse recurso? Se não fosse pela tecnologia, jamais o gol do Inter contra o Bahia, na semana passada, seria validado. Ao olhar a imagem a olho nu, temos total convicção de que o Lindoso está adiantado em relação ao penúltimo defensor e, portanto, impedido. Mas a tecnologia em três dimensões provou o contrário, que a posição dele era totalmente legal. É difícil acreditar no que não vemos? Sim! Por isso as imagens usadas pelo VAR deveriam ser divulgadas durante a transmissão.
“Demora muito!”
Em alguns lances, demora mesmo. É preciso buscar a melhor imagem, interpretar a jogada, ver se chama o árbitro ou não para daí tomar a decisão. E a pressão para não errar é gigante! Mas, no geral, a espera tem valido a pena. Mais decisões capitais corretas têm acontecido com o VAR do que sem ele. Com o tempo, esperamos que os árbitros fiquem mais experientes e tornem o processo mais rápido. E claro, é novidade também para os operadores de vídeo, que ainda estão aprendendo como funciona a dinâmica na cabine.
“Tem lance que chama, tem lance que não chama. Não dá para entender!”
A culpa não é do VAR e sim, da regra. A regra muitas vezes é subjetiva. Nada de preto no branco. Depende do ponto de vista. É isso que gera a principal dúvida no VAR: chamo ou não chamo? No jogo do Brasil contra a Austrália , na Copa do Mundo Feminina, uma possível penalidade para o Brasil não foi revisada pelo VAR. No lance, Andressa é derrubada por uma jogadora australiana na área. A árbitra deixou o jogo seguir e, por entender ser um lance interpretativo, o VAR não sugeriu a revisão. Foi errado não revisar? Não. De fato era interpretação. Poderia ter revisado para garantir o acerto? Com certeza! É Copa do Mundo. Vai lá e revisa. Não tem nada a perder, só alguns segundos. O erro custa muito mais caro.
“Mesmo com VAR, errou”
Nada mais humano que errar. A tecnologia, por mais que mostre vários ângulos, em diferentes velocidades, é operado por humanos. E na hora de tomar a decisão pode haver algum equívoco. Nem sempre a imagem usada para tomar a decisão é a melhor. Ainda teremos muitos erros, mesmo com o VAR. Mas nem se compara com os erros que aconteciam sem ele.
Viu? A culpa não é do VAR! No fim das contas, ele só quer ajudar.
Para finalizar, que tal começar a semana com certeza inspirações esportivas?
Que você veja a metade cheia do copo igual a seleção feminina da Tailândia. Mesmo tomando 17 gols seguidos no Mundial, as tailandesas comemoraram muito ao marcar o seu primeiro gol contra a Suécia, na derrota por 5 x 1.
Que você tenha a garra do Qatar. Mesmo perdendo por dois gols contra o Paraguai, na Copa América, o time cresceu e arrancou um empate surpreendente.
Que você drible todos os seus problemas. Assim como fez o Kawhi Leonard, na NBA, derrubando o time estrelado do Golden State Wariors. Além do título inédito para os Raptors, ele foi eleito o MVP, melhor jogador das finais da NBA, pela segunda vez.
E para finalizar, que a sua semana seja de muita alegria, assim como foi a vitória da Colômbia sobre a Argentina!