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O Brasileirão voltou. E a arbitragem, como se saiu?

Muitas intervenções e reclamações marcaram a primeira rodada do campeonato

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1 de 1 163 - Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Campeonato Brasileiro começou diferente para a arbitragem. Nova gestão, árbitros escolhidos e não mais sorteados, mudanças na regra e VAR (Video Assistant Referee). Será que deu certo?

Escolha dos árbitros
Na Série A, sete dos 10 árbitros que apitaram a primeira rodada eram do quadro FIFA. E o que isso quer dizer? Que a tropa de elite foi escolhida para não ter problemas, principalmente, com ele: o VAR. Mas o escudo não fez milagre, e aconteceram várias intervenções do árbitro de vídeo.

Isso quer dizer que os árbitros erraram muito nas suas decisões de campo. E sim, usaram o VAR como muleta.

Ponto positivo: Teve arbitragem feminina na Série B. Edina Alves, com escudo FIFA, apitou o jogo entre Criciúma x Cuiabá. Mulheres tendo oportunidade, isso é ótimo!

Como é mesmo a nova regra?
Tivemos o primeiro cartão amarelo para treinador! Eu já havia avisado o Mano, no texto passado, para ele se cuidar. Batata.

Tivemos também gol de mão, do Betão, do Avaí, na vitória do Atlético-MG sobre o clube de Florianópolis, anulado com uso do VAR. Ele jurou de pés juntos que não houve infração. Com intenção ou não, de acordo com a nova regra, é falta. O VAR só não avisou o árbitro porque, no mesmo lance, ele havia sofrido pênalti antes de tocar a bola com a mão.

VAR: só deu ele!
O VAR foi usado em sete dos 10 jogos. Imagina se a tecnologia não existisse? Quantos erros teríamos? São vários exemplos de lances que tiveram revisão: pênalti a favor da Chapecoense, que não seria marcado; árbitro não ter visto Emerson, do Internacional, dar uma mãozada na bola; pênalti mal marcado a favor do Ceará, anulado pelo vídeo, no jogo contra o CSA (foram três intervenções do VAR); e, na vitória do Athletico-PR em cima do Vasco, teve um penal mal marcado para a equipe paranaense, em cima de Lodi, desmarcado pelo VAR.

O VAR, no entanto, não teve 100% de aproveitamento. A arbitragem mais desastrosa da rodada foi na vitória do Goiás, fora de casa, sobre o Fluminense, por 1 x 0. Primeiro, o árbitro FIFA Dewson Freitas anulou um gol legal dos cariocas, usando o VAR. Luciano, em posição de impedimento quando a bola foi chutada para o gol, não interfere em nada. Portanto, deveria ser validado. Esse jogo contou ainda com mais duas revisões do VAR, que foram acertadas.

Quase no fim da partida, o árbitro marcou falta a favor do Goiás quando Everaldo desarmou Leandro Barcia. Porém, ele foi só na bola. A falta não deveria ter sido marcada e, como não pode ter revisão do VAR para esse tipo de lance, foi cobrada. E adivinhem? Gol. É impressionante como sempre sai gol quando o árbitro marca algo errado. Comigo, por exemplo, das vezes que marquei escanteio e, na verdade, foi tiro de meta, a bola sempre ia parar dentro da rede.

O saldo final da arbitragem na primeira rodada foi muito ruim. Muitas intervenções e reclamações por parte do Fluminense, o maior prejudicado pelos equívocos da arbitragem. Esperava bem mais, principalmente em relação aos árbitros em campo. Eles não apitaram livres e seguros. Dependeram constantemente do vídeo. Já o VAR ainda está em seus estágios iniciais, todos estão aprendendo, então não podemos esperar muito. Não agora.

A sorte é que o campeonato está apenas começando e muito trabalho ainda pode ser feito. Então, fica aqui uma dica para os árbitros na segunda rodada: apitem como se não houvesse o VAR.

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