Finais dos estaduais: à espera de um VAR
Para acabar de vez com as polêmicas de arbitragem, os campeonatos estaduais decidiram recorrer à tecnologia: está dando certo?
atualizado
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O VAR é a tendência do momento. Só se fala nisso antes, durante e depois dos jogos. Nove estados decidiram usar a tecnologia em suas finais: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Ceará e Paraíba. No entanto, será que o método está realmente ajudando a diminuir os erros claros da arbitragem?
Sim! Na maioria dos casos, o experimento tem sido bem-sucedido. O grande problema está na demora para revisar os lances. Se você for ver uma final de estadual com VAR e não torcer para nenhuma equipe, aproveite para ir ao banheiro. Agora, se for torcedor, faça logo um check-up, pois a espera é de matar o coração!
Essa demora do VAR tem quebrado a dinâmica do jogo. Como se não bastasse esperar na fila do mercado, do banco, do ônibus e da lotérica toda semana, agora tem de esperar a decisão do árbitro também.
Nesse domingo, tivemos um exemplo bem claro dessa situação. No campeonato Paulista, jogo de ida entre São Paulo x Corinthians, foram quatro minutos para definir se o puxão no Henrique do Corinthians foi pênalti ou não. Já na partida entre Vasco x Flamengo, pela final do Carioca, foi comum ver o árbitro com uma mão no ouvido e a outra estendida fazendo o sinal para esperar, pois o lance estava sendo checado. Uma situação que foi recorrente. Haja paciência!
Se você acha que acabou, está enganado. No segundo tempo, houve uma pane elétrica dos equipamentos do VAR. Sabe quando você está na fila do banco e depois de tanta espera finalmente chega a sua vez, aí a moça fala: “Infelizmente nosso sistema está fora do ar, mas você pode preencher esses papéis”. Pois é! Momentaneamente, a arbitragem teve de voltar a ser raiz e alguns lances foram decididos sem qualquer tipo de revisão. E a orientação é essa mesmo, se o equipamento falhar, segue o jogo normalmente!
Todo o mundo tem reclamado da demora do VAR. No clássico entre Cruzeiro x Atletico-MG, aconteceu o inverso. A reclamação foi pela rapidez, mas não do VAR e sim do árbitro. No último lance do primeiro tempo, Dedé agarra na área o jogador atleticano Igor Rabelo. Pênalti claro não marcado. O VAR nem teve tempo de checar o lance. Isso porque o árbitro já apitou o fim do primeiro tempo. Erro grave.
Outra bronca do torcedor é que todo esse tempo perdido com o VAR não está sendo recuperado integralmente no acréscimo. Uma afronta para quem fica esperando e no final não é recompensado com mais futebol.
O VAR ainda está em processo de aprendizagem. Não se pode achar que a média de um minuto perdido com o VAR na Fifa seja a mesma aqui no Brasil. É novidade para todos. Uma hora ele engrena e acelera o ritmo. Mas por enquanto o que se pode esperar do VAR é….esperar.