Brasileirão: análise das polêmicas de arbitragem da rodada 27
Não adianta, o VAR ainda não emplacou e os árbitros não estão tendo maturidade para lidar com a tecnologia
atualizado
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Se a discussão sobre quem será o campeão do Brasileirão já está perdendo a graça, ainda temos muito o que discutir sobre arbitragem. Não adianta, o VAR ainda não emplacou e os árbitros não estão tendo maturidade para lidar com a tecnologia. Por isso, vamos analisar mais uma rodada com as principais polêmicas do apito.
Corinthians 1 x 2 Cruzeiro
O segundo gol do Cruzeiro foi muito contestado pelos corintianos. O técnico Fábio Carille chegou a ser expulso por reclamação. Isso porque Éderson, do Cruzeiro, que estava em posição bem clara de impedimento, recebeu a bola e partiu para o gol quando o assistente levantou a bandeira. O zagueiro Marllon parou a marcação. Éderson foi mais esperto, olhou para trás e viu que o árbitro mandou seguir, driblou o goleiro e fez o gol.
Por que o árbitro mandou seguir? Porque quem jogou a bola para o cruzeirense foi Fagner, do Corinthians. Como foi um passe da defesa, habilitou o jogador que estava em posição de impedimento.
Por que o assistente levantou a bandeira? Porque ele não tinha a informação de quem tinha lançado a bola. Ele deveria ter perguntado para o árbitro antes de marcar o impedimento. Mas o gol é legal? Por incrível que pareça, é sim. Como o árbitro não apitou, segue o jogo. Mesmo a ação do assistente tendo causado impacto, o jogo só para no apito. Olhando fica injusto? Causa revolta mesmo. Até parece um antijogo, mas serve para que os jogadores fiquem mais ligados ao que realmente vale, o som do apito.
Internacional 0 x 1 Vasco
O Inter teve um gol bem anulado. Aos 43 minutos do segundo tempo, D’Alessandro colocou a bola na rede. Antes do gol, Victor Cuesta saltou sobre Henrique, fazendo falta clara. O árbitro ficou com o apito na boca e preferiu colocar a anulação na conta no VAR. Era o tipo de lance que deveria ser decidido em campo, não é para o VAR.
Flamengo 2 x 0 Fluminense
Aos 10 minutos do segundo tempo, Gabigol partiu para a área e foi derrubado por Nino. O árbitro não marcou nada e o VAR chamou corretamente para a revisão. Na imagem, Nino acertou somente a perna de Gabigol, nem foi na bola. Mesmo com as imagens, Daronco decidiu não marcar a penalidade. Erro grave da arbitragem, foi pênalti claro.
Cinco minutos depois, o árbitro não marcou a falta de Pablo Marí em Wellington Nem, que seria para amarelo. Ele puxou o jogador tricolor em um ataque bem promissor. Como Pablo já tinha amarelo, o segundo seria a expulsão do atleta rubro-negro.
Chapecoense 2 x 2 Goiás
O Goiás reclamou muito após ter seu gol anulado. O árbitro apitou falta de Fábio Sanchez por mão na bola. Acontece que a bola não pegou na mão. Como o árbitro apitou antes do gol, o VAR não pôde fazer a revisão. Erro da arbitragem. Poderia ter esperado a definição da jogada e, caso houvesse a falta, o VAR anularia.
A rodada ainda não acabou. Jogam nesta segunda-feira (21/10/2019) Bahia x Ceará às 19:30 e Botafogo x CSA às 20h.