Oposição está de olho em congressistas favoráveis a ato do dia 15
Parlamentares engajados na convocação da manifestação em defesa de Bolsonaro serão questionados sobre ataques ao Legislativo
atualizado
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Um eventual processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será lento, desgastante e incerto. O quórum mínimo de dois terços dos parlamentares, na Câmara e no Senado, dificulta o sucesso de iniciativas pela deposição do chefe do Executivo.
Nesse cenário, a oposição se movimenta também para pressionar, no Conselho de Ética, os deputados e senadores engajados na convocação do ato do dia 15 de março. Mais fácil – e menos traumático – do que cassar um presidente por crime de responsabilidade é tirar o mandato de congressista que atente contra a estabilidade do Legislativo.
Assim, além de desestimular gestos ostensivos de apoio a Bolsonaro, essa estratégia tem potencial para cassar os mais agressivos nos ataques ao Congresso. De quebra, se alguém for cassado, o presidente perde votos no plenário caso avance algum processo de impeachment.