Saiba o que Carol Solberg alegou para ser “apenas” advertida no STJD
A jogadora foi julgada depois de gritar “Fora, Bolsonaro” após a conquista da medalha de bronze no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia
atualizado
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A jogadora Carol Solberg escapou de uma punição mais pesada nesta quarta-feira (13/10) em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Acusada de descumprir o regulamento geral da competição por se manifestar de forma política, ela recebeu “apenas” uma advertência. Antes de saber o resultado, a atleta teve direito a apresentar sua versão na audiência de quase duas horas e afirmou não ter se arrependido de gritar “Fora, Bolsonaro”.
Carol reiterou que não ofendeu a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e os patrocinadores da entidade, defendeu a liberdade de expressão e que os jogadores possam se manifestar em qualquer lugar e ocasião.
Antes do julgamento online, Carol Solberg pediu a seus fãs nas redes sociais que torcessem por ela. Isso porque, se condenada, a atleta poderia ter sido suspensa do Circuito Nacional de Vôlei de Praia. Mesmo após a absolvição, Carol precisa tomar cuidado com as palavras, conforme deixou claro o STJD. Ao término da audiência, o presidente da comissão, Otacílio Soares de Araújo, responsável pelo último voto, deixou um recado. “Se ela repetir, pode ser punida de uma forma pior”.
Veja o discurso de Carol Solberg no STJD:
“Eu tinha acabado de ganhar o bronze e estava muito feliz de retornar ao pódio. E na hora de dar minha entrevista, apesar de toda a minha alegria de estar ali, não consegui não pensar em tudo o que está acontecendo no Brasil, as queimadas na Amazônia, no Pantanal, as morte pela Covid-19. Me veio um grito totalmente espontâneo, de tristeza e indignação por tudo o que está acontecendo. Não me arrependo, de nenhuma maneira. Só manifestei minha opinião, acredito na minha liberdade de expressão, da mesma forma que os jogadores do vôlei de quadra (Wallace e Maurício) se manifestaram com uma opinião diferente da minha em outra ocasião. Eu não ofendi nem a CBV nem o Banco do Brasil. Só manifestei minha opinião contra o governo”.
(Com informações da Agência Estado)