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Queda precoce e a urgência de mudanças na Seleção masculina de vôlei

A campanha da Seleção Brasileira na Liga das Nações chegou ao fim e o resultado, apesar de decepcionante, não surpreendeu ninguém

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Divulgação/VolleyballWorld
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1 de 1 vôlei - Foto: Divulgação/VolleyballWorld

A campanha Seleção Brasileira de vôlei masculino na Liga das Nações (VNL) chegou ao fim nessa quarta-feira (20/7) e o resultado, apesar de decepcionante, não surpreendeu ninguém.

Depois de conquistar o título da competição na edição passada, o Brasil chegou às Olimpíadas de Tóquio como favorito à medalha de ouro. Entretanto, ao contrário da seleção americana feminina, que vinha com o mesmo histórico e se sagrou campeã olímpica, essa não foi a trajetória feita pelos brasileiros.

Na época, a equipe chegou até as semifinais nos Jogos, quando foi eliminada para a Rússia e, na disputa pelo bronze, perdeu para a Argentina. Os dois jogos já apontavam para uma Seleção cansada e colocavam luz em problemas dentro e fora de quadra.

Renovação e escolhas

Ao fim do ciclo inesperado, o público se questionava sobre a renovação da equipe. Apesar de os atletas que atuaram nas duas competições serem velhos conhecidos, era preciso pensar sobre o futuro do voleibol brasileiro.

Entretanto, não foi o que aconteceu. Renan Dal Zotto voltou para a VNL com o time titular do ano anterior basicamente completo. Bruninho, Lucão, Leal, Lucarelli, Thales e Alan foram os nomes que entraram em quadra, tendo Flávio como única novidade no elenco que iniciou a maioria das partidas.

As escolhas do treinador durante os jogos foram bastante questionadas pela torcida, principalmente quando levou o time a derrotas inéditas na história do vôlei. O elenco brasileiro, recheado de estrelas de nível mundial, não soube se organizar dentro de quadra – ou não foi bem organizada? – e o desempenho resultou na perda da liderança do ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), lugar cativo do Brasil há 19 anos.

A 2ª posição, que já era bem esquisita para os fãs, se tornou absurda quando virou um 3º lugar na lista. Agora, a Seleção fica atrás da Polônia e da França na lista.

Dal Zotto deixou de ser questionado para ser criticado e, inclusive, receber pedidos para sair do comando da equipe. A história do vôlei masculino brasileiro, criada com tanto esforço por atletas anteriores, parece estar em risco com as péssimas escolhas durante e antes das partidas feitas pelo técnico.

Há salvação?

A pouco mais de um mês para o início do Campeonato Mundial, agora é preciso que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), a comissão técnica e os próprios atletas percebam quais são as urgências da Seleção. É hora de sentir a derrota, olhar para os cacos que restaram e decidir de que forma se reerguer.

Maique, líbero que compõe o elenco do time há algum tempo, precisa ter mais chances de jogar como titular. Assim como Adriano, Rodriguinho, Matheus Brasília, Darlan e outros tantos nomes da nova geração do vôlei. A renovação é um pedido certo. Mas também precisa ser feita de maneira consciente e cuidadosa, a fim de criar uma equipe homogênea e que não dependa de um ou dois jogadores.

Apesar de ainda termos jogadores titulares que estão jogando em alto nível, como Lucarelli e Leal, as opções no elenco são necessárias em todo e qualquer esporte ou seleção. Alguns títulos provavelmente serão sacrificados no caminho para criar uma nova Seleção. E o momento pede reflexão: o Mundial que acontece em breve merece ser colocado em cheque por de um trabalho visando Paris em 2024?

A pior campanha brasileira durante a primeira fase da Liga das Nações teve como resultado a pior campanha do Brasil na competição como um todo. Esperado e decepcionante. Mas deixa uma esperança e um alerta: a mudança é visível e necessária, basta saber quem quer ver a situação.

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