Liga das Nações: times brasileiros vivem momentos opostos no torneio
Apesar de ser o mesmo campeonato, a situação do Brasil se diferencia nos dois naipes e traz questionamentos sobre a organização dos times
atualizado
Compartilhar notícia
A Liga das Nações de Vôlei está entrando em sua reta final. Pelo lado das seleções femininas, a fase classificatória chega ao fim neste domingo (3/7), enquanto o masculino entra na terceira e última semana antes da etapa final na terça-feira (5/7).
As oitavas de final, semifinais e finais do torneio acontecem em dois países diferentes. Para as mulheres, os jogos serão organizados em Ankara, na Turquia. Os homens viajam para Bologna, na Itália, para disputar as partidas decisivas.
Apesar de ser o mesmo campeonato, com formato e regras iguais, a situação do Brasil se diferencia nos dois naipes e traz questionamentos sobre a melhor forma de organizar cada time com as opções que os técnicos têm disponíveis.
Renovações que deram certo
A Seleção Brasileira feminina, comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, veio para a competição sem grandes nomes no elenco, como Fernanda Garay, Tandara, Camila Brait e Natália. A renovação, que já era prevista desde as Olímpiadas de Tóquio, começou a ser feita neste novo ciclo de maneira mais visível e conta com estreantes no time principal e com a volta de nomes conhecidos.
Kisy, Júlia Kudiess, Diana e Lorena são algumas que, acompanhadas das já conhecidas Julia Bergamann e Pri Daroit, passaram a assumir a titularidade em vários jogos. O receio de revelar um time medroso com o peso da Amarelinha acabou ficando distante com o bom desempenho das atletas em quadra.
Em 11 jogos, o Brasil utilizou 18 das 25 jogadoras inscritas. Nove delas estiveram em todos os jogos, seis participaram dos duelos das últimas duas semanas e outras três atuaram em apenas uma semana.
Com o novo elenco, a equipe de Zé Roberto ganhou nove partidas e perdeu apenas para os Estados Unidos e para a Itália. A constância e mexidas durante os confrontos rendeu à Seleção uma classificação garantida para a fase final após a vitória sobre a Coreia do Sul, na quinta-feira (30/6), e a 2ª colocação na tabela até o momento.
O Brasil entra em quadra este sábado para a última batalha antes da fase final. O jogo é contra a Tailândia, às 10h30.
Em busca de afirmação
Por outro lado, a Seleção Brasileira masculina não vem apresentando seu melhor voleibol dentro de quadra. Com poucos rostos desconhecidos, o Brasil não conseguir se manter constante já na primeira semana de jogos e perdeu para adversários sem tradição e com pouca intensidade ofensiva.
O desempenho de 50% de vitórias nos jogos em Brasília rendeu mais do que a 8ª posição na tabela do campeonato: depois de 19 anos, o Brasil perdeu a liderança no ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
A reação dos torcedores, que já vinham com críticas ao técnico Renan Dal Zotto, se intensificou depois da mudança internacional. A maioria passou a questionar os trabalhos do treinador frente à um elenco com estrelas conhecidas mundialmente, mas que precisa de uma renovação urgente.
Em meio a lesões de atletas importantes, a Seleção se organizou melhor e mostrou novamente os resultados esperados para um time de alto nível internacional. As vitórias sobre Bulgária, Irã e Sérvia colocaram a Canarinho em 6º lugar, com três derrotas em oito jogos.
Agora, o Brasil começa sua última semana em Osaka, no Japão, e terá de enfrentar rivais fortes e conhecidos. Alemanha, Canadá, França e Japão são os últimos adversários da Seleção, que precisa trazer uma atitude ofensiva para garantir sua participação na etapa final.
Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu celular? Entre no canal do Metrópoles no Telegram e não deixe de nos seguir também no Instagram!