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Em ginásio lotado, Rio vence o Praia e leva título da Superliga no DF

A partida, marcada por viradas, terminou em 3 sets a 1. No Nilson Nelson, Rexona/Ades comemorou a 11ª conquista do campeonato nacional

atualizado

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Leonardo Arruda/Metrópoles
Final Super Liga Feminina de Vôlei – Brasília – DF 03/04/2016
1 de 1 Final Super Liga Feminina de Vôlei – Brasília – DF 03/04/2016 - Foto: Leonardo Arruda/Metrópoles

O Nilson Nelson transformou-se em um caldeirão na manhã deste domingo (3/4). Palco da decisão da Superliga Feminina pela primeira vez na história, o ginásio foi o cenário da vitória do Rexona/Ades, que sagrou-se campeão pela 11ª vez. A partida, que terminou em 3 a 1, foi digna de uma final de campeonato, com direito a um 25 a 18 e um triplo 28 a 26. Os brasilienses torceram, vibraram e lotaram o estádio.

As equipes entraram em quadra com a formação que utilizaram ao longo de quase toda a Superliga. Pelo Praia, Claudinha, Daymi Ramirez, Alix, Michelle, Walewska, Natasha e Tassia iniciaram a partida. As escaladas de Bernardinho foram Roberta, Monique, Natália, Gabi, Carol, Juciely e Fabi.

Natália fez 15 pontos e foi eleita a melhor jogadora da partida. Gabi, com 21, foi a maior pontuadora do duelo. Do lado do Praia, a cubana Ramirez e Walewska foram as que mais marcaram, com 20 e 18 bolas dentro.

Ponto a ponto
O jogo começou melhor para o Praia Clube. De início, a equipe mineira abriu 3 a 1 sobre as atuais campeãs da Superliga Feminina. No entanto, a equipe comandada por Bernardinho não perdeu tempo: ao soar do apito da primeira parada técnica, o placar já mostrava 8 a 6 a favor do Rexona/Ades. Equilibradas, as equipes seguiram se alternando no comando do marcador até que o Rio abriu 12 a 8, bola fora de Natasha.

O Praia esboçou reação a partir do bloqueio simples de Daymi em Gabi e um ace (ponto direto de saque) da americana Alix, mas não foi suficiente para frear o ritmo das cariocas: 25 a 18 para o Rexona.

O segundo set parecia ganho. Logo de início, a equipe do Rio de Janeiro abriu 5 a 0. A equipe imprimia um ritmo tão forte que o primeiro ponto das mineiras veio com um erro do Rexona. No entanto, as cariocas começaram a errar e, na primeira parada técnica, o placar, que antes parecia apontar que seria dominado pelo Rexona, já mostrava a reação do Praia: 8 a 6.

As equipes seguiram alternando pontos até que o marcador empatou em 13 a 13. Depois de o Rexona abrir um pequena vantagem, que oscilou entre um e dois pontos, o Praia Clube ajustou o bloqueio e fez dois pontos em sequência, igualando novamente a parcial em 19 pontos. Em meio a gritos de “eu acredito” da torcida mineira, o Rexona chegou a abrir 23 a 20, mas não conseguiu fechar o set. A equipe de Uberlândia reagiu e equilibrou a parcial antes de fechar o marcador, com dois bloqueios, em 28 a 26.

Já o terceiro set foi marcado por uma grande reação e a atuação do bloqueio foi decisiva. O Praia esteve à frente do placar até o 23° ponto, com três de vantagem. Michelle e Alix seguiam cravando as bolas no chão do campo adversário e não davam chances à defesa carioca. No entanto, a chegada de Monique ao saque do Rexona mudou o panorama do jogo. Gabi começou a virar as bolas pelo lado do Rio e a partida empatou, mais uma vez, na reta final do set: 23 a 23. A partir daí, as equipes trocaram pontos até que o apito final soasse – 28 a 26 para o Rexona, com dois bloqueios em sequência.

A quarta e decisiva parcial foi dominada pelo Rexona até o 17° ponto, quando o Praia buscou o empate com um bloqueio em Natália. As equipes seguiram trocando pontos até que as cariocas abrissem 22 a 19. O cenário foi rapidamente revertido pelo time de Uberlândia, que igualou o marcador e deu início a uma nova alternância de bolas no chão. Carol, com uma jogada de xeque, deu os números finais à partida e ao campeonato, 28 a 26 e a vitória para a equipe do Rio de Janeiro.

Análise
A central e capitã do Praia Clube, Walewska, acredita que a virada sofrida no terceiro set foi decisiva. “Ainda falta um pouco para ganhar do Rio. Com certeza foi um dos jogos mais difíceis da temporada. Jogar contra elas é sempre difícil, mas elas viram ali que em algum momento poderiam perder. A gente não soube finalizar o terceiro set, mas acho que essa equipe tem muitos méritos. Jogamos juntas o tempo inteiro e buscamos resultados”, analisou Walewska.

Foi um grande jogo, de duas equipes que buscam o placar o tempo inteiro e tiveram uma regularidade muito grande ao longo de toda a temporada. A equipe delas conseguiu encaixar um bom saque, amortecer bolas e contra-atacar. O jogo foi feito de viradas.

Ricardo Picinin, técnico do Praia Clube

Uma das mais experientes na equipe do Rexona, a líbero Fabi disputou a decisão da Superliga pela 12ª vez na carreira. “É a mesma sensação da primeira. Faço um esporte que amo há quase 20 anos e estou muito feliz de poder continuar contribuindo e ver como o time reagiu a um jogo tão difícil como foi o de hoje (3/4). Quando disputamos partidas como essa, vejo que tudo vale a pena”, afirmou a líbero.

Natália ressaltou a campanha do time, que só perdeu duas partidas na temporada, e a equipe adversária. “Lutamos para chegar a esse momento. Apesar de termos vencido o Praia em outras oportunidades, hoje quase não deu pra gente. Elas estão de parabéns, porque, apesar de serem iniciantes em finais, mostraram que vêm para decidir outros campeonatos daqui para frente”.

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