Douglas Souza, do vôlei, defende direito de gays não se assumirem
Segundo o jogador, decisão deve ser tomada sem pressão, quando você se sentir confortável consigo mesmo
atualizado
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Douglas Souza virou um dos atletas “queridinhos” da delegação brasileira durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. O jogador de vôlei esbanjou carisma e humor, mas também mostra que sabe falar sério.
Exemplo de representatividade da comunidade LGBTQIA+, Douglas defende o direito de gays se assumirem em seu próprio tempo, sem pressão. “Não se apresse, não siga a onda de outras pessoas e não se pressione a fazer alguma coisa que você não queira. Quando você se sentir confortável com você mesmo, quando você não tiver certeza e feliz consigo mesmo, tudo vai ficar mais fácil. Heterossexuais não se assumem. Precisamos também parar com essa ideia de que gays devem se assumir”, afirmou.
“Eu acho que a gente tem que viver com amor, amar quem estiver próximo da gente. Ache sua comunidade, pois ela é grande e se apoia muito. Quando você estiver pronto e se sentir bem com isso, você não estará sozinho”, disse o jogador à ESPN Brasil.
O atleta também afirmou que encarou com naturalidade ter sua sexualidade mais exposta nos últimos tempos. “Foi muito tranquilo porque acho que desde sempre eu já sabia que eu era gay, então quando eu tinha uns 10, 11 anos de idade, você está na sua pré-adolescência e começa a ter interesse por outras pessoas, foi quando eu reparei que o homem me atraia mais do que a mulher. Lógico que hoje tudo é muito exposto por conta das redes sociais, mas tento sempre ser o mais profissional possível. Acho que a sua sexualidade, independentemente de qual seja, não vai influenciar no seu ambiente de trabalho, ou pelo menos é assim que deveria ser”, concluiu.