Dívida de R$ 500 mil faz levantador Ricardinho retornar ao vôlei
Presidente do Maringá, o jogador que havia aposentado das quadras há um ano e meio tenta manter o time na Superliga
atualizado
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Aos 44 anos, o levantador Ricardinho voltou às quadras e deve reforçar o Maringá (PR) na reta final da Superliga Masculina de Vôlei. A oito rodadas do término do 2º turno, o experiente jogador se viu obrigado a retornar devido à crise financeira pela qual passa o clube do qual é o atual presidente.
De acordo com o próprio Ricardinho em entrevista ao blog Olhar Olímpico, o patrocinador master e único do time de Maringá, a Denk Academy, deixou de fazer os pagamentos. Por conta disso, a equipe convive com três meses de salários atrasados e tem sofrido uma debandada de jogadores do elenco.
“Explicamos a situação e deixamos os jogadores à vontade para fazer o que achassem melhor, porque cada um sabe onde o copo transborda. Conversamos muito, com cada jogador, sobre as situações particulares deles. Já perdemos sete atletas. Alguns porque conseguiram outras equipes, outros porque não conseguiam se sustentar. Eu sou fiador do apartamento de todos eles. São 40 pessoas envolvidas efetivamente”, revelou Ricardinho.
O contrato de exclusividade com a Denk Academy, a princípio, impede judicialmente o Maringá de buscar novos patrocinadores. Por conta disso, Ricardinho lançou uma vaquinha virtual em busca de ajuda financeira de amigos, fãs e familiares.
“Não tenho vergonha alguma de pedir ajuda, seja de torcedores de arquibancada, amigos, vizinhos de prédio, familiares. Todos sabem da seriedade do nosso projeto. A gente tem que tem que expor, não pode acontecer isso, um patrocinador não pagar. Não pode deixar assim. Não é outdoor que você cancela o contrato e ele tira a propaganda. São famílias passando necessidade. Tem que expor, falar, pedir ajuda, tem que estar do lado dessas pessoas”, reforça.