Bernardinho diz ter aberto mão de salário por continuidade do Sesc-RJ
Técnico e gestor do time carioca, Bernardinho viu na medida uma forma de dar exemplo às atletas, que também sofreram reduções salariais
atualizado
Compartilhar notícia
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, afirmou que abriu mão do salário durante a quarentena. Treinador e gestor do Sesc-RJ, o bicampeão olímpico com a Seleção Brasileira masculina viu o clube sofrer uma forte redução do valor de patrocínio.
Bernardinho não foi o único a sentir no bolso os efeitos da pandemia. Além do técnico, o elenco teve de abrir mão de 40% dos vencimentos. Segundo o treinador, o fato dele ter aberto mão do salário integralmente ajudou as atletas a terem um exemplo.
“Tivemos de renegociar todos os contratos, porque tivemos uma perda significativa de patrocínio. Jogadoras perderam 60% dos contratos. Eu perdi 100% do meu. Se eu tiver de vender meu carro, vou vender meu carro, é a minha paixão. Não quero que o projeto morra porque tem de me pagar também. Nesse primeiro momento não tem orçamento para me pagar. Não posso deixar de pagar as meninas. Como eu posso negociar com elas, negociar o 40% de corte se eu não dou exemplo?”, questionou Bernardinho, em entrevista ao canal do YouTube, Saúde Aquática.
O blog Olhar Olímpico revelou que o futuro do time é incerto. A equipe masculina do Sesc-RJ já havia anunciado o fim das atividades e a esperança do time feminino reside numa fusão com o Flamengo. O Rubro-Negro retornou à Superliga feminina na temporada 2019/20 e, por pouco, se salvou do rebaixamento à Superliga B.