Um brasileiro na cartolagem europeia: a trajetória de Leonardo, do PSG
Com passagens por São Paulo, Flamengo e e Milan, ex-jogador se tornou diretor do PSG e é figura central nas negociações do clube
atualizado
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Aos 51 anos, Leonardo vive um dos momentos mais intensos de sua carreira. Atual diretor do Paris Saint-Germain, o ex-jogador vive um dos momentos de mais intensidade. Tendo que lidar com as transações de um dos clubes mais ricos e lidando com as principais estrelas do futebol mundial diariamente.
Mais recentemente, Leonardo se tornou figura central nas negociações envolvendo a possível saída de Kylian Mbappé da equipe parisiense. Nesta quarta, inclusive, Leonardo criticou a postura do Real Madrid em fazer uma proposta pelo atacante francês.
Mas, antes de se tornar essa figura que transita entre os bastidores mais renomados e ricos do PSG, Leonardo teve uma trajetória vitoriosa e igualmente polêmica enquanto jogador. Vamos falar um pouco dessa figura que já foi cogitado em clubes brasileiros, mas segue com prestígio no Velho Continente.
O Leonardo jogador
Leonardo chegou ao profissional em 1987, no Flamengo. Junto de um elenco renomado e vitorioso, com nomes como Zico, Zinho, Renato Gaúcho e Bebeto, o jovem lateral já iniciou sua carreira com o título do Módulo Verde da Copa União.
Com uma sequência, acabou sendo requisitado e migrou para outra equipe que se preparava para conquistar grandes títulos. Em 1990, Leonardo foi transferido para o São Paulo. Treinado por Telê Santana, fez parte do chamado Esquadrão Tricolor que conquistou o Campeonato Brasileiro do ano seguinte.
No mesmo ano, acabou indo para o Valência onde começaria a escrever sua trajetória na Europa. Ficou lá por dois anos e retornou para o São Paulo, clube com quem criou uma grande identificação.
No retorno, se juntou a outra equipe histórica do Tricolor, e esteve presente no título mundial da equipe paulista em 1993. A trajetória no tricolor o rendeu uma convocação para a Copa de 1994. Lá, viveu um dos momentos mais inusitados da carreira.
No jogo Brasil e Estados Unidos, acertou uma cotovelada em Tab Ramos que rendeu uma expulsão em plenas oitavas de final daquela Copa. A seleção acabou conquistando o tetra, mas a cotovelada ficou marcada para sempre na carreira do então jogador.
Depois da Copa, passou pelo Kashima Antlers, do Japão, onde ficou até 1997. De lá, seguiu para o PSG, clube que o contrataria novamente após a sua aposentadoria.
Na Europa, no entanto, a identificação maior de Leonardo foi com o Milan, onde desembarcou em 97 e permaneceu até 2001. Ele retornou ao Brasil para uma terceira passagem no São Paulo e acabou se aposentando no Flamengo em 2002.
Nos bastidores
Após a aposentadoria, retornou para a Europa para trabalhar nos bastidores do Milan. Foi figura central nas contratações de alguns jogadores como Cafú, Kaká e Pato. Depois de passar por alguns cargos, acabou se transferindo para a Inter, principal rival do Milan, onde foi treinador.
Lá, conquistou o título da Copa da Itália de 2010 ao bater o Palermo, mas no ano seguinte, voltou ao PSG, desta vez como dirigente.
Em um cargo semelhante ao que ocupava no Milan, acabou participando a primeira onda de contratações galáticas da equipe, sendo fundamental para as chegadas de nomes como Ibrahimovic e Cavani, além de Marquinhos, Verratti e tantos outros que foram contratados desde a venda do clube.
Tentou retomar a carreira de treinador na Turquia, no comando do Antalyaspor, mas ficou apenas três meses no cargo.
Mais uma vez, retornou ao Milan para ser dirigente, desta vez em 2018. Pouco mais de um ano depois, deixou o time italiano para retornar ao PSG onde se encontra até hoje.
Entre idas e vindas, colecionou algumas brigas importantes como com Neymar, por conta dos grandiosos aniversários do jogador, e até o desgaste recente com Mbappé.
Sem medo de peitar grandes figuras, Leonardo segue como um dos capitães do projeto da equipe parisiense em busca de um sonho que nem ele, nem o clube, sabem o que significam em suas histórias: a conquista da Champions League.
Agora, é esperar para ver se o dirigente conseguirá manter a marcação cerrada em cima de Mbappé, para mantê-lo no clube e conseguir sonhada taça continental.
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