Velocista bielorrussa que deixou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 leiloa medalha
Tsimanouskaya postou a oferta, que tem nove dias de duração, no portal “ebay”, com valor inicial de 17 mil euros
atualizado
Compartilhar notícia
A velocista bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya, que deixou o Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 por enfrentar ordens de técnicos e dirigentes compatriotas, colocou em leilão nesta segunda-feira uma medalha que conquistou para arrecadar fundos e apoiar atletas de Belarus.
Tsimanouskaya postou a oferta, que tem nove dias de duração, no portal “ebay”. Trata-se da medalha de prata que conquistou na prova dos 100 metros dos Jogos Europeus, realizados em 2019. O valor inicial é de 17 mil euros (R$ 104,7 mil na cotação atual)
A Fundação de Solidariedade Esportiva Bielorrussa, que apoiou a velocista de 24 anos na decisão de abandonar a equipe nacional, deixar os Jogos Olímpicos e viajar para a Polônia, confirmou em comunicado oficial a decisão da velocista de leiloar a medalha. “Em apoio aos atletas que sofreram com as ações do regime de (Aleksander) Lukashenko”, disse o texto, em referência ao atual presidente de Belarus.
Na última quinta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou as credenciais de dois dos técnicos da equipe bielarrussa de atletismo – Artur Shimak e Yury Maisevich -, acusados de terem coagido Tsimanouskaya.
No Aeroporto de Haneda, em Tóquio, para onde foi levada com o objetivo de tomar um voo de volta ao país de origem, a velocista pediu proteção a policiais japoneses, segundo explicou em declarações à emissora de televisão japonesa NHK.
O Comitê Olímpico de Belarus, presidido por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país, garantiu em comunicado oficial que a velocista teve que suspender a participação nos Jogos Olímpicos por decisão dos médicos devido ao “estado emocional e psicológico” que apresentava. Por sua vez, Tsimanouskaya negou a versão, que afirmou se tratar de uma “mentira”.
Na última quinta-feira, a velocista chegou à Polônia, segundo o vice-ministro de Relações Exteriores do país, Marcin Przydacz, que garantiu que a atleta estava em local “seguro”, em meio ao temor de represálias do governo bielorrusso.