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Velejadoras Martine e Kahena disputam “medal race” de olho no bi olímpico

As brasileiras têm 70 pontos perdidos após 12 regatas disputadas. Suas principais concorrentes são as holandesas Bekkering e Duetz

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Phil Walter/Getty Images
Martine Grael e Kahena Kunze Tóquio
1 de 1 Martine Grael e Kahena Kunze Tóquio - Foto: Phil Walter/Getty Images

As campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze vão disputar a “medal race” na madrugada de segunda-feira (2/8), às 2h33 (horário de Brasília), em busca do bicampeonato em Tóquio. Elas chegam empatadas na liderança da classe 49er FX no último dia, e com diferença apertada para suas principais adversárias que também lutam por um lugar no pódio.

As brasileiras têm 70 pontos perdidos após 12 regatas disputadas. Suas principais concorrentes são as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz, que estão com 70 pontos também. E na sequência vem a dupla formada por Tina Lutz e Susann Beucke, da Alemanha, com 73. Quem terminar com menos pontos perdidos vence.

E a situação fica mais emocionante ainda porque a regata de medalha vale pontuação em dobro. São dez duplas e quem terminar a disputa em primeiro perde dois pontos, quem ficar em segundo perde quatro, e assim por diante. Pela diferença de pontos ser bem apertada, as brasileiras podem inclusive ficar fora do pódio caso façam uma regata ruim no último dia.

Isso porque o barco espanhol formado por Tamara Echegoyen Dominguez e Paula Barcelo Martin tem 77 pontos perdidos, um pouco à frente de Charlotte Dobson e Saskia Tidey, da Grã-Bretanha, com 81 pontos perdidos. Todas as cinco mais bem colocadas têm chance de conquistar a medalha de ouro. Se Martine e Kahena ficarem na quarta posição já garantem um lugar no pódio.

Até por isso, a disputa promete ser acirrada em busca do ouro e também por um lugar no pódio. Na primeira regata de Martine e Kahena, elas ficaram apenas na 15ª posição, a pior colocação entre as 12 regatas. Depois foram melhorando e se acostumando com a imprevisibilidade da Baía de Enoshima. E, no sábado de madrugada, nas duas últimas disputas, ficaram com um segundo lugar e um décimo lugar e empataram na liderança antes da “medal race”, já que as holandesas tiveram uma 11ª posição e uma 16ª, que acabou sendo o descarte delas.

Para ganhar o ouro, as brasileiras precisam ficar à frente da dupla da Holanda, ficar no máximo uma posição atrás das alemãs, três posições de diferença para a Espanha e cinco para as britânicas. Como as disputas estão emboladas, não será possível marcar apenas um adversário porque outro pode desgarrar e levar a medalha.

Situação parecida ocorreu no Rio. Martine e Kahena foram para a medal race empatados em 46 pontos perdidos com as espanholas Tamara Dominguez e Berta Moro e as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Salskov-Iversen. E ainda tinha a dupla da Nova Zelândia (Alex Maloney e Molly Meech), com apenas um ponto atrás – as brasileiras venceram e se tornaram campeãs olímpicas, com a dupla neozelandesa roubando posições e ficando com a prata.

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