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Seiko Hashimoto é a nova presidente do Comitê de Tóquio-2020

“Não vou poupar esforços para o sucesso dos Jogos de Tóquio”, garantiu a ex-atleta, de 56 anos

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Tomohiro Ohsumi/Getty Images
Seiko Hashimoto
1 de 1 Seiko Hashimoto - Foto: Tomohiro Ohsumi/Getty Images

A ministra dos Jogos Olímpicos, Seiko Hashimoto, foi nomeada nesta quinta-feira (18/2) a presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, substituindo no cargo Yoshiro Mori, que se demitiu na última sexta após a polêmica criada por suas declarações machistas. “Não vou poupar esforços para o sucesso dos Jogos de Tóquio”, garantiu a ex-atleta, de 56 anos, que já apresentou a demissão do cargo no governo japonês ao primeiro-ministro Yoshihide Suga.

A nomeação de Hashimoto, que competiu três vezes nos Jogos Olímpicos e quatro nos Jogos de Inverno, é considerada um sinal importante em um país em que as mulheres continuam a ser raras em cargos de poder. Ela era também a responsável no governo pela igualdade de gênero desde setembro de 2019.

A história pessoal de Hashimoto tem além disso muitas ligações com os Jogos Olímpicos. Nasceu em Hokkaido, no norte do Japão, cinco dias depois da cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio em 1964. O seu nome Seiko vem de “seika”, que quer dizer “chama olímpica” em japonês.

A agora responsável pelo Comitê Organizador de Tóquio-2020 competiu nos Jogos Olímpicos de 1988 (Seul – Coreia do Sul), 1992 (Barcelona – Espanha) e 1996 (Atlanta – Estados Unidos), em ciclismo de pista, e nos Jogos de Inverno em 1984 (Sarajevo – Iugoslávia), 1988 (Calgary – Canadá), 1992 (Albertville – França) e 1994 (Lillehammer – Noruega), como patinadora de velocidade no gelo.

Hashimoto ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno, em 1992, em Albertville, nos 1.500 metros de patinagem de velocidade no gelo.

A japonesa substitui no cargo Yoshiro Mori, de 83 anos, forçado a se demitir após ter feito comentários sexistas, afirmando que “as mulheres têm dificuldade em ser concisas”, durante uma reunião do organismo a que presidia. “As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante”, sustentou Mori.

O ex-dirigente disse ainda que “as mulheres têm espírito competitivo” e “se uma levanta a mão (para poder intervir), as outras sentem-se na obrigação de também falarem”, fazendo com que as reuniões demorem muito tempo a serem concluídas.

A polêmica gerada pelas declarações de Mori, que o próprio reconheceu “contrárias ao espírito olímpico” em um pedido de desculpas, levou à demissão de centenas de voluntários para os Jogos e causou profundo mal-estar entre os patrocinadores do evento.

O Japão ocupa o 121º lugar no mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial sobre a igualdade de gênero, entre 153 países, e o 131º na proporção de mulheres em lugares de topo em empresas, política e administração pública.

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