Quem é Italo Ferreira, dono do primeiro ouro para o Brasil em Tóquio
Surfista conquistou o posto mais alto do pódio na madrugada desta terça-feira (27/7) com um placar de 15,12 x 6,60
atualizado
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O primeiro ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio veio das águas. Italo Ferreira subiu ao lugar mais alto do pódio após superar o japonês Kanoa Igarashi, que mais cedo havia batido Gabriel Medina.
A vitória de Italo coroa uma trajetória que começou na pequena comunidade de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. Filho de pai pescador e mãe que trabalhava na pousada onde a família morava, Italo começou a demonstrar o seu talento logo cedo e não demorou para ser descoberto. Foi Luiz “Pinga”, diretor de marketing de uma das principais marcas de surfe do mundo, quem primeiro abriu as portas para ele rumo a uma carreira profissional no surfe.
E o garoto não desperdiçou a oportunidade. Em 2011, venceu duas etapas do Pró Junior. Depois, em 2014, foi campeão brasileiro e se classificou para integrar o WCT (World Championship Tour), a elite do circuito. Em 2015, ano de estreia no Tour, foi o melhor novato, terminando em um incrível sétimo lugar aos 21 anos.
Em 2019, seguiu enfileirando títulos e fazendo exibições impressionantes. Deixou sua marca nas ondas da Gold Coast, na Autrália, em um campeonato de aéreos do Red Bull Airborne e venceu em Peniche, etapa portuguesa do Tour.
Ainda em 2019, chegou à decisão do Pipe Masters, onde enfrentou e venceu Gabriel Medina, se tornando o terceiro brasileiro a conquistar o título, depois de Gabriel e Adriano de Souza.
A história de origem humilde de Italo até a glória no surfe foi objeto do documentário “Curious tales of Italo Ferreira”, dirigido por Luiza de Moraes e produzido pela O2. O filme de 30 minutos ainda não tem data de lançamento prevista.