Na última tentativa, João Victor leva bronze no arremesso de peso F37
Brasileiro pulou para o pódio após arremessar 14,45m
atualizado
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O Atletismo não para de trazer medalhas para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. Dessa vez, João Victor Teixeira fez a melhor marca de sua vida, bateu o recorde das Américas e ficou com a medalha de bronze no arremesso de peso categoria F37, para atletas com paralisia cerebral.
Com 14,45m, ele ficou em terceiro, atrás do russo Albert Khinchagov, que cravou 15,78m, e do tunisiano Ahmed Ben Moslah, que foi prata com 14,50m.
O brasileiro se emocionou com a vitória e lembrou a difícil trajetória até o momento de sua glória.”Cara, eu estou, sei lá. Essa prova, eu não treinei ela. Eu estava focado no disco, que é a minha prova principal, estava focando no disco. Essa prova do arremesso, eu estava com o joelho machucado, então eu estava dando prioridade ao lançamento, que é 1kg. Eu não estava treinando essa prova, eu comecei a treinar quando eu cheguei aqui. Sendo que já era para eu estar aqui faz tempo, só que eu testei positivo para Covid no último dia que era para a gente ter ido para Hamamatsu e eu não fui, fiquei duas semanas em casa, treinando, triste, mas aí é aonde entra a superação”, disse ele, ao lembrar que não dependia só dele, mas sim, da doença.
Muito feliz, João Victor ainda projetou um futuro em seu esporte secundário. “Então, hoje eu estou orgulhoso de mim porque eu sou o terceiro do mundo em uma prova que eu treinei duas semanas e era isso que eu estava falando aqui comigo. É uma coisa que eu estou aqui sem imaginar, é muito incrível. E eu fiz a melhor marca da minha vida, 14.45m. Agora eu já quero chegar no Brasil treinando o peso, rezar para o meu joelhinho aguentar, tadinho, está meio baleado, mas aí, cara, daqui a pouco eu estou ali no pódio com a medalhinha, fazendo o sinal da medalha”, completou o medalhista.
Essa foi a primeira vez que o carioca, de 27 anos, subiu ao pódio em uma Paralímpiada. Ele ficou em quinto no Rio-2016.
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