Guerreiro, Thiago Braz superou demissão antes de ganhar o bronze
Durante pandemia, medalhista olímpico foi demitido pelo Pinheiros
atualizado
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Um título olímpico, estabelecendo o recorde da competição, pode significar muitos caminhos abertos e muitas propostas de patrocínio. Porém, o que aconteceu com Thiago Braz nesse último ciclo olímpico foi exatamente o contrário.
Mesmo após vencer o salto com vara no Rio 2016 e ficar com a medalha de ouro, o atleta acabou sendo demitido pelo Pinheiros, clube pelo qual competia, e sofreu com lesões.
Os cinco anos de intervalo entre o evento que consagrou Thiago Braz e o deste ano, foram de muitas dificuldades para o brasileiro.
Isso porque, em outubro de 2018, duas importantes decisões foram tomadas e, posteriormente, revistas pelo atleta. Ele rompeu com o técnico Vitaly Petrov e deixou Fórmia, na Itália, aonde treinava, para voltar ao Brasil. O novo comandante era Elson Miranda, que o ajudou em seu início no esporte.
Porém, poucos meses depois, tudo voltou a ser como era. A base de treinos voltou a ser a cidade italiana e o ucraniano voltou ao comando técnico.
Os resultados também não eram satisfatórios. Pouco ameaçou nas competições em que disputou. A marca mais alta foi alcançada na etapa de Mônaco da Diamong League, em 2019, quando chegou a 5,92 e ficou com o quinto lugar.
Com tamanhas decepções e com a pandemia do coronavírus, o Pinheiros, clube que representava, rompeu com Thiago Braz unilateralmente. A gremiação não via retorno no alto investimento, já que o paulista de 27 anos tinha o maior salário da equipe, e encerrou o contrato oito meses antes do previsto.
E foi nas Olimpíadas, aquele mesmo evento que o consagrou cinco anos atrás, que ele deu a volta por cima. Mesmo sendo o detentor do recorde do salto com vara e atual campeão olímpico, ele não era o favorito. Mesmo com todos os contratempos, Braz voltará para casa com a medalha de bronze e a esperança renovada.