Governo polonês vai abrigar corredora de Belarus forçada a deixar Tóquio
A atleta foi acolhida no consulado da Polônia depois de passar a noite no posto policial enquanto aguardava uma decisão sobre seu caso
atualizado
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O governo polonês confirmou ter oferecido asilo humanitário à Krystsina Tsimanouskaya, corredora de Belarus, que acionou a polícia e acusou sua comissão técnica de forçá-la a deixar Tóquio após ela ter criticado seus treinadores.
Krystsina foi acolhida no consulado da Polônia depois de passar a noite no posto policial enquanto aguardava uma decisão sobre seu caso. Pawel Jablonski, ministro de relações exteriores do país, afirmou já ter um acordo com a atleta que chegará em Varsóvia, capital polonesa, nos próximos dias.
“Emitimos um visto humanitário e posso confirmar que prestaremos todo o apoio necessário na Polônia se ela desejar utilizá-lo”, afirmou o ministro. A decisão da Polônia foi exaltada pela União Europeia que falou do caso da atleta de mais uma prova de “repressão brutal” pelo presidente bielorusso Alexander Lukashenko.
“Expressamos a nossa total solidariedade a Krystsina Tsimanouskaya e elogiamos os Estados membros (da UE) que ofereceram o seu apoio”, disse a porta-voz da UE, Nabila Massrali.
Lembre o caso
Nesse domingo (1/8), Krystsina acusou a delegação de seu país de força-la a voltar para casa após críticas a comissão técnica. Segundo a atleta de 24 anos, no sábado ela recebeu a informação de que havia sido inscrita na prova dos 4x400m feminino, uma prova para a qual não treinava. Em sua primeira Olimpíadas, a bielorrussa é especialista nos 200m e ia competir na segunda-feira (2/8).
Porém, após ser avisada que também iria para as pistas para o revezamento, ela compartilhou uma foto em seu instagram afirmando que não via problemas em ajudar o seu país, mas que não havia sido consultada sobre essa possibilidade e que não tinha gostado da maneira como o assunto foi tratado, alegando falta de comunicação ou explicação dos motivos.
No domingo, então, ela foi acordada, retirada a força de seu quarto na Vila Olímpica e levada ao aeroporto para voltar a Minsk, capital de seu país natal. Lá, ela teria alertado a polícia, que abordou os membros da delegação da Bielorrússia para esclarecer o que estava acontecendo ali.
Ela, então, gravou um vídeo pedindo a ajuda do Comitê Olímpico Intencional, que afirmou que “está atento às informações e que já pediu esclarecimentos”.
Uma nota foi publicada pelo comitê da Bielorrússia, informando que a decisão havia sido feito “por conta do estado emocional e psicológico da atleta e que a comissão técnica de atletismo do país tomou a decisão de encerrar sua participação nas Olimpíadas”.
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