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Em meio à pandemia do coronavírus, COI mantém data da Olimpíada

Comitê Olímpico Internacional alterou forma de classificação para os Jogos Olímpicos, mas reluta em adiar competições

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Carl Court/Getty Images
Jogo da Liga Japonesa de Basquete é disputado com portões fechados
1 de 1 Jogo da Liga Japonesa de Basquete é disputado com portões fechados - Foto: Carl Court/Getty Images

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou uma série de medidas importantes acerca da Olimpíada de Tóquio. A pandemia do coronavírus obrigou a uma paralisação em praticamente todos os esportes no mundo e, assim, a classificação para o Japão se tornou uma incógnita. Organizador das competições, o COI informou que flexibilizará o posicionamento nos Jogos Olímpicos. Nada, porém, foi dito sobre uma mudança na data de início dos Jogos. Entre os atletas, porém, a sensação é de que a Olimpíada, marcada para começar no dia 24 de julho, deveria ser adiada.

Já se sabe que os rankings mundiais e resultados de eventos passados, como os Jogos Pan-Americanos, serão levados em consideração como critério de classificação. A medida será necessária porque, com a pandemia, a maioria dos torneios pré-olímpicos foi adiada e/ou cancelada. No Japão, porém, os sinais são de que a Olimpíada não começará na data prevista.

Prova disso é o novo adiamento da Liga Japonesa de Basquete. A competição já havia sido paralisada em fevereiro e, quando se encaminhava para voltar às atividades, teve de ser parada novamente. Das nove partidas marcadas para a rodada passada, oito foram disputadas com portões fechados. A nona foi cancelada porque nada menos que três atletas acusaram os sintomas da covid-19.

A nova paralisação da B. League, como é conhecida a Liga Japonesa, será válida, a princípio, até o começo de abril. Os jogadores das equipes nipônicas, entretanto, estão autorizados a treinar normalmente com os clubes.

Defesa do adiamento

Ainda longe do Japão, mas também sofrendo com os efeitos da pandemia do coronavírus, o levantador Bruninho defendeu que a Olimpíada seja adiada. O jogador, campeão olímpico em 2016, defende o Civitanova, da Itália. Ele já tem vivido em quarentena e não treina e nem joga há quase uma semana. Na visão dele, será impossível iniciar as disputas em 24 de julho.

“Eu acredito que não será possível fazer na data que está marcada. Acho que tudo depende de como a gente vai combater esse vírus por todo o mundo”, afirmou, em entrevista ao Fox Sports.

O jogador deu, ainda, detalhes de como têm sido seus dias na Itália. O país já registra mais de dois mil mortos devido à covid-19 e, por isso, vive em quarentena. Apenas saídas esporádicas para o supermercado têm sido permitidas.

“Hoje em dia, o dia a dia é esse, ficar em casa, tenho tentado me prevenir ao máximo possível e sair o mínimo possível. (…) Ainda não cancelaram o campeonato, está apenas suspenso até o dia três de abril pelo menos. Então, todos aguardando”, destacou.

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