1 de 1 Zagallo com nova camisa da Seleção
- Foto: Reprodução/Twitter CBF
Faleceu, nessa sexta-feira (5/1), o ex-técnico de futebol Mario Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. O “Velho Lobo” era uma das figuras mais importantes do futebol brasileiro e é o único tetracampeão mundial na história do futebol, com títulos de Copas em 1958 e 1962, como jogador, e em 1970 e 1994, como treinador.
A informação sobre a morte foi confirmada pelo perfil oficial do Zagallo no Instagram.
13 imagens
1 de 13
Mário Jorge Lobo Zagallo, ou simplesmente Zagallo, nascido em 1931, é um ex-treinador e ex-jogador de futebol. Natural de Atalaia, Alagoas, o ex-atleta é considerado uma das maiores personalidades do futebol brasileiro
Matthew Ashton - EMPICS / Colaborador/ Getty Images
2 de 13
Apaixonado por esportes desde a infância, Zagallo precisou da ajuda do irmão para convencer o pai de que tinha talento para o futebol. Isso porque o progenitor do ex-treinador gostaria que os filhos se formassem na faculdade e assumissem a empresa da família
ullstein bild / Colaborador/ Getty Images
3 de 13
Após a benção do pai, Zagallo começou a carreira do clube América, nas divisões amadoras. Durante o mesmo período, se aventurou no vólei e no tênis de mesa, ganhando títulos juvenis com o último. Em 1949, ajudou o América a conquistar o Torneio Início do Campeonato Carioca
Matthew Ashton - EMPICS / Colaborador/ Getty Images
4 de 13
Em 1950, transferiu-se para o Flamengo, onde conquistou o tricampeonato carioca, em 1953, 1954 e 1955, dentre outros títulos. Já famoso, foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil conquistou o primeiro título do campeonato
Christian Liewig - Corbis / Colaborador/ Getty Images
5 de 13
Ainda em 1958, assinou com o Botafogo. No clube, foi bicampeão carioca, conquistou a Taça Brasil, entre outros. À época, jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos e Didi. Quatro anos depois, foi convocado, outra vez, para a Copa do Mundo, quando o Brasil se tornou bicampeão
Shaun Botterill / Equipe/ Getty Images
6 de 13
Em 1966, aos 35 anos, Zagallo se tornou treinador, logo após resolver se aposentar como jogador. Na função, treinou o Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangu, Portuguesa e o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Além disso, também foi treinador da Seleção Brasileira, da Seleção de Kuwait, da Seleção Saudita e da Seleção dos Emirados Árabes Unidos
Buda Mendes / Equipe/ Getty Images
7 de 13
Em 1970, inclusive, enquanto treinador da Seleção, Zagallo conquistou o título de tricampeão da Copa do Mundo. Até hoje, ele é uma das poucas pessoas a conquistarem o campeonato como jogador e como treinador
Matthew Ashton - EMPICS / Colaborador/ Getty Images
8 de 13
Em 2016, realizou o último trabalho atuando como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira, ou apenas Parreira, na Seleção Brasileira
Laurence Griffiths - FIFA / Colaborador/ Getty Images
9 de 13
Durante a carreira, Zagallo conquistou um mundial como técnico da Seleção Nacional e um como coordenador técnico, além de vencer duas edições da Copa das Confederações. Também como treinador, conquistou dois títulos Sul-Americanos e vários outros títulos, que o tornaram técnico de renome mundial
Buda Mendes / Equipe/ Getty Images
10 de 13
Segundo o livro Seleção Brasileira 90 anos, Zagallo conquistou 99 vitórias, 10 derrotas e 26 empates em 135 jogos como técnico da seleção principal do Brasil. Treinando a seleção olímpica, obteve 14 vitórias, duas derrotas e três empates em 19 partidas. Como coordenador técnico, Zagallo esteve presente em 72 jogos, momento em que o Brasil conquistou 39 vitórias, 25 empates e oito derrotas
Buda Mendes / Equipe/ Getty Images
11 de 13
Em 1997, O Brasil jogou uma Copa América na Bolívia, marcada por muita pressão política. Mesmo após um campeonato quase perfeito, Zagallo desabafou para os jornalistas com uma frase que o marcaria para sempre: “Vocês vão ter que me engolir”. Até hoje o ex-atleta é lembrado pela fala
Clive Mason / Equipe/ Getty Images
12 de 13
Recentemente, e aos 90 anos, Zagallo foi internado por causa de uma infecção respiratória. Apesar do susto devido à idade do ex-treinador, a condição dele já foi controlada, segundo médicos
Buda Mendes / Equipe/ Getty Images
13 de 13
Zagallo é pai de Maria Emília, Paulo Jorge, Mário César e Maria Cristina. Ele foi casado com Alcina de Castro por 57 anos, até a mulher falecer em 2012
“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas.”
“Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz a nota de pesar divulgada pela família na página do tetracampeão no Instagram.
Mario Jorge Lobo Zagallo nasceu em 9 de agosto de 1931, em Atalaia. Começou sua carreira no América-RJ, seu clube do coração. Depois, transferiu-se para o Flamengo, time no qual conquistou o tricampeonato carioca (1953, 1954 e 1955). Após o Rubro-Negro, foi para o Botafogo, clube em que voltou a vencer estaduais, além da Taça Brasil.
Pela Seleção Brasileira, Zagallo esteve presente nas disputas dos Mundiais de 1958 e 1962, conquistadas pelo Brasil.
Após se aposentar dos gramados em 1966, iniciou a carreira de técnico no juvenil do Botafogo. Treinou o profissional do Fogão em quatro oportunidades, o Flamengo três vezes, o Vasco em duas ocasiões, além de Fluminense, Al-Hilal, Bangu e Portuguesa.
Zagallo foi o treinador da icônica Seleção Brasileira de 1970, tricampeã mundial no México. Foi coordenador de Parreira em 1994, Copa que o Brasil também venceu, nos Estados Unidos, e vice-campeão como treinador da Seleção em 1998, na França. Trabalhou na Copa de 2006, novamente na comissão técnica de Parreira.
Com os dois títulos vencidos como treinador e os dois como jogador, é o recordista de Mundiais, além de ser uma das três pessoas que conquistaram a Copa do Mundo tanto como jogador quanto treinador.
Profissional vencedor, Zagallo foi também um homem de personalidade forte e carismática. Tinha uma superstição com o número 13, desde a época de jogador. Ao comemorar a Copa América de 2004, bradou: “Brasil campeão tem 13 letras, e Argentina vice também”.
Por falar em Copa América, foi após conquistar o torneio em 1997 que soltou uma de suas frases mais emblemáticas. Em alusão às críticas em relação ao seu trabalho, Zagallo fez a icônica declaração: “Vocês vão ter que me engolir”.