Tenista do DF busca apoio financeiro para competir na Europa

O tenista brasiliense Paulo Saraiva, de 21 anos, enfrenta um novo desafio na carreira. Ocupando a 1975ª posição do ranking atual da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Paulo busca participar de competições internacionais que pontuem no ranking mundial para mudar essa realidade.

O problema, entretanto, é a falta de apoio financeiro. O atleta, que alcançou o 1º lugar da lista nacional por idade aos 16 e 17 anos e conquistou títulos sul-americanos em dupla e no simples, além de outras conquistas nacionais e regionais, não recebe nenhum tipo de auxílio do Governo do Distrito Federal desde 2017, quando perdeu a Bolsa Atleta de R$ 458 mensais.

Com a perda, Paulo conseguiu o apoio de três pessoas fora de Brasília: duas de São Paulo e uma do Rio de Janeiro. Eles são os responsáveis por financiar, mesmo que apenas uma parcela, das viagens e competições do tenista. Entretanto, apesar da ajuda, o aporte financeiro vem, majoritariamente, dos torneios participados.

De acordo com o atleta, o foco do momento está sendo competir em torneios com premiação em dinheiro. Nesta semana, inclusive, Paulo participa do Campeonato Brasileiro de Tênis em São Paulo e, apesar de ser um torneio experiente, o tenista entra com o propósito de alcançar o prêmio em dinheiro.

A mesma meta se repete em outras competições que vem participando. Além de conseguir auxílio para suas próximas viagens e compromissos, as premiações em dinheiro ajudam Saraiva a ter chances de competir em disputas que pontuam na ATP.

Em maio, entretanto, Paulo pode se aproximar ainda mais desses torneios. A França recebe o Stade Roland Garros, um campeonato interclubes dividido em cinco partidas individuais e duas em duplas, e o tenista pretende marcar presença no evento com o clube Bussy-Saint-Georges.

Lá, ele jogará pelo campeonato durante um mês. No verão, depois do torneio, o país sedia outras competições com prêmios em dinheiro, que podem estender a temporada de Paulo no país até os jogos principais, nos níveis Future e Challenger, para o ranking mundial.

Mesmo com o cronograma, Saraiva afirma que, na teoria, está em desvantagem em relação a outros atletas.

“Já comecei no esporte mais tarde que outros tenistas. Com 9 anos, entrei no Programa Forças no Esporte [projeto desenvolvido pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério do Esporte] e me apaixonei pelo tênis. Agora, com a falta de apoio para essas competições, devo participar de torneios com pontuação somente em junho e julho, enquanto outros atletas já estão marcando presença desde o início do ano”, explica ele.

No último ano, Paulo conta que não conseguiu participar dos torneios com pontuação com muita frequência. Para 2022, ele abriu uma vaquinha para ajudar com os custos das competições internacionais. A meta é conseguir juntar R$ 20 mil.

Além do valor necessário, os objetivos principais do tenista para o ano são subir de nível e conseguir mais pontos no ranking. Saraiva também espera jogar mais pelos níveis Future e Challenger no 2º semestre de 2022.

Quer ficar por dentro de tudo que rola no mundo dos esportes e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesesportes