Tênis ajudou Andy Murray a superar trauma após massacre em escola
O britânico fala pela primeira vez sobre o atirador em Dunblane que, em 1996, matou 16 crianças e um professor
atualizado
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O ex-tenista número 1 do mundo, Andy Murray, conta detalhes sobre o seu trauma na infância no documentário da Amazon Andy Murray: Resurfacing, que vai ao ar na próxima sexta-feira (29/11/2019). Aos 9 anos, em 1996, ele viu o massacre numa escola primária em Dunblane. O britânico revela que tinha relação próxima com Thomas Hamilton, o atirador que invadiu o colégio, matou 16 crianças e um professor, antes de se matar.
“Tenho certeza de que para todas as crianças de lá foi difícil superar. Mas nós (ele e seu irmão) conhecíamos o cara, fomos ao clube infantil dele, ele andava no nosso carro, dávamos carona até estações de trem e coisas assim”, revela o britânico.
De acordo com Murray, o tênis foi uma espécie de refúgio para superar o drama. “As pessoas perguntam-me a importância que o tênis tem na minha vida e eu remeto sempre para quando tinha nove anos e aconteceu um enorme tiroteio na minha escola. Tive ataques de ansiedade nos anos seguintes, os meus pais separaram-se, o meu irmão saiu de casa. Tudo isso foi um pesadelo e um drama que ultrapassei com a ajuda do tênis.”
Aos 32 anos, Murray chegou a anunciar a aposentadoria do tênis devido à dores no quadril, mas conseguiu se recuperar e chegou a conquistar o título do ATP da Antuérpia, no fim de outubro.