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Novidade, ATP Cup abre 2020 com medalhões e capitães ilustres

Grande novidade do circuito para 2020, a ATP Cup abre a temporada do tênis mundial nesta quinta-feira

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1 de 1 Rafael-Nadal-Davis - Foto: Twitter/Reprodução

Grande novidade do circuito para 2020, a ATP Cup abre a temporada do tênis mundial nesta quinta-feira (02/01/2020), pelo horário de Brasília, na Austrália, apostando nos medalhões e em ilustres capitães para atrair o público e se firmar no calendário. Astros como Rafael Nadal e Novak Djokovic estarão em quadra enquanto referências como Boris Becker, Thomas Muster e Marat Safin comandarão suas respectivas equipes.

Assim como a Copa Davis, a ATP Cup é uma competição entre nações e surge justamente no momento em que o tradicional torneio tenta se reposicionar no calendário. Em 2019, a Davis estreou novo formato, com a disputa das Finais concentradas em um local e em uma mesma semana. Enquanto a Davis é organizada pela Federação Internacional de Tênis (ITF), a nova competição é criação da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

E, justamente por ser da entidade que representa os jogadores, a ATP Cup conta com maior apoio dos tenistas, que puderam dar sugestões e ideias durante o processo de criação do torneio. Além disso, a nova competição conta com a vantagem de ser sediada na Austrália, país-sede do primeiro Grand Slam do ano.

“É uma preparação perfeita para o Aberto da Austrália. Isso atraiu muito os jogadores. A data é perfeita. Todo mundo quer estar aqui na Austrália nesta época do ano”, disse o ex-tenista André Sá, que atua na Federação Australiana de Tênis, parceria da ATP na organização do novo torneio.

Em comparação à Davis, outras vantagens são a premiação – pela presença e também pelos resultados -, com distribuição total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 61 milhões), e os pontos no ranking: até 750 para tenistas de simples e 250 para duplistas. A competição tem final marcada para o dia 12 e será realizada em três cidades ao mesmo tempo: Brisbane, Perth e Sydney.

A grande novidade é a forma de escolha dos capitães de cada equipe. Se na Davis o líder é selecionado pela federação do país, na ATP Cup a decisão cabe ao melhor tenista do time. Como consequência, a competição terá um desfile de grandes nomes do esporte. Becker será o capitão da Alemanha de Alexander Zverev, Muster vai liderar a Áustria de Dominic Thiem, Safin comandará a Rússia de Daniil Medvedev. Gastón Gaudio, na Argentina, Lleyton Hewitt, na anfitriã Austrália, e Tim Henman, no time da Grã-Bretanha, serão outras estrelas no evento.

As 24 nações participantes foram escolhidas com base no ranking dos seus principais jogadores. O número 1 de cada país acaba “trazendo” todo o time – assim como nas Finais na Davis, o Brasil não estará na disputa. Os times são divididos em seis grupos de quatro. O primeiro colocado da cada chave e os dois melhores segundos colocados avançam ao mata-mata, partindo das quartas de final. Cada confronto terá dois jogos de simples (melhor de três sets) e um de duplas (com match tie-break em caso de empate).

Do Top 10 do ranking, somente o suíço Roger Federer, fora também na Davis, e o italiano Matteo Berrettini serão os desfalques. Compatriota de Federer, Stan Wawrinka é outra baixa. Mas o Top 50 estará em peso na Austrália, o que deve garantir o sucesso de público.

“Todo mundo vai estar aqui, esse era um dos objetivos do evento. Vai ser uma grande festa do tênis”, projetou André Sá, que previu diversas novidades tecnológicas na competição, como geralmente acontece no Aberto da Austrália. “Mas será surpresa”, desconversou. Neste quesito, as três cidades contam com quadras com teto retrátil e ampla estrutura.

Novas competições
O lançamento do novo torneio coincide com a reformulação da Davis e a oficialização da Laver Cup no calendário da ATP, reforçando a presença das disputas por equipes no tênis profissional. Com tantas competições do tipo, surgiram rumores nas últimas semanas sobre uma eventual fusão entre a Davis e a ATP Cup.

Para André Sá, esta é uma possibilidade real para o futuro. “Não é uma ideia absurda, é algo que se fala nos bastidores. Uma fusão seria superinteressante. Mas tem que ver se é bom para os dois lados. Pelo lado do jogador, é excelente ter duas competições, com premiação incrível, defendendo o seu país, em condições incríveis”, opinou o brasileiro.

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