Maior número 1 do mundo, Djokovic coleciona troféus e polêmicas
Em meio a tantas polêmicas, principalmente no ano da pandemia do novo coronavírus, o sérvio se mantém intacto dentro das quadras
atualizado
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Novak Djokovic, 33 anos, bateu mais um recorde completando 311 semanas no topo do ranking da ATP, tendo ultrapassado Roger Federer. Em meio a tantas polêmicas, principalmente no ano da pandemia do novo coronavírus, o sérvio se mantém intacto, ao menos dentro das quadras.
Nascido em Belgrado, Djoko começou a jogar tênis com 4 anos e se tornou profissional em 2003, aos 16. Precisou apenas de três anos para conquistar seu primeiro título no circuito da ATP, em Amersfoort, na Holanda. Na ocasião, ele derrotou o então medalhista de ouro em Atena (2004), Nicolás Massú.
Também em 2006, ele foi campeão do torneio de Metz, na França, batendo o austríaco Jurgen Melzer, por 2 x 1, de virada. E chegou às quartas de final do Roland Garros, caindo para Rafael Nadal. Ao término desta temporada, ele era 16º no ranking da ATP.
O primeiro troféu em um Grand Slam foi erguido por Djokovic em 2008, em seu primeiro título do Australian Open — do qual hoje ele é o maior campeão, com nove canecos. Naquele ano, ele disputou o título com o francês Jo-Wilfried Tsonga, após ter eliminado Roger Federer na semifinal, por 3 x 0. Ao fim da temporada, ele ainda teve a conquista inédita de um ATP Final, o Tennis Masters Cup, superando Nikolay Davydenko.
Daí pra frente, ganhar foi com ele mesmo. Já são 82 títulos em torneio de simples na carreira (e um em torneio de duplas), incluindo 18 Grand Slams (nove Australian Open, um Roland Garros, cinco Wimbledon e três US Open; cinco ATP Finals; e 36 ATP Masters 1000). Djokovic ainda foi medalha de bronze nos Jogos de Pequim, em 2008.
Os troféus são grande parte da trajetória de Djokovic no tênis, mas os recordes os acompanham proporcionalmente. Confira alguns:
- Djokovic recebeu o maior valor em premiações na carreira, mais de 147 milhões de dólares (R$ 868,74 milhões);
- Foi também o tenista com a maior premiação em uma temporada: 21.592.125 milhões de dólares (cerca de 126.870 milhões), em 2015;
- Há 311 semanas na liderança do ranking da ATP, é o tenista há mais tempo no topo. Roger Federer chegou há 310;
- É o maior vencedor do Australian Open (9), do ATP Masters 1000 (36), do ATP Masters 1000 de Indian Wells (5) e do ATP Masters 100 de Miami ao lado de Andre Agassi (6);
- Único tenista masculino a conquistar quatro títulos seguidos no ATP World Tour Finals, de 2012 a 2015.
Além das 311 semanas na liderança do ranking, Djokovic ainda ostenta uma vantagem de quase 3 mil pontos. Rafael Nadal, o número 2 do mundo, tem 9.850 pontos, enquanto o sérvio acumula 12.030.
Manchas fora das quadras
Novak é o melhor quando o assunto é ter a raquete na mão, marcar pontos, derrotas os adversários e erguer troféus, mas fora das quadras, o panorama para o tenista é outro. Em 2020, ano que a pandemia da Covid-19 devastou nações por todo o mundo, o sérvio disse ser contra as vacinas e que “não gostaria de ser forçado a tomar uma vacina como condição para poder viajar”.
Djokovic organizou um torneio beneficente em sua cidade natal, Belgrado, em meio à pandemia, em junho de 2020, no qual quatro tenistas contraíram o novo coronavírus. Posteriormente, o sérvio e sua esposa também testaram positivo para a Covid-19 após curtir festa com colegas do esporte do torneio polêmico.
Seu nome ainda foi bastante comentado após acertar bolas em juízes durante jogos. A primeira foi o motivo de sua desclassificação do US Open, em setembro, e a outra foi em um juiz de linha, no mês de outubro, no Roland Garros. Ambos foram acidentais, mas que repercutiram bastante.
Em uma polêmica mais antiga, de 2016, Djokovic chegou a defender que os homens ganhassem mais que as mulheres no tênis. “(As mulheres) lutaram pelo que mereciam e conseguiram. Por outro lado, o mundo da ATP deveria lutar por mais (dinheiro) porque as estatísticas mostram que temos muito mais espectadores nos jogos de homens. Essa é uma das razões pelas quais penso que deveríamos ganhar mais”, disse.