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Análise da contraprova confirma doping da tenista Bia Haddad

Os testes revelaram a presença de duas substâncias: metabólitos de SARM S-22 e SARM LGD-4033

atualizado

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1 de 1 Bia-Haddad - Foto: Reprodução/Twitter

A análise da contraprova da tenista Beatriz Haddad Maia confirmou o resultado positivo em exame antidoping anunciado nesta semana. Em contato com o Estado, o advogado da atleta, Bichara Neto, revelou que o teste da amostra B reiterou as substâncias detectadas na amostra A.

Como de costume, os atletas têm o direito de solicitar o resultado da amostra B para se certificarem da análise. Se as substâncias não coincidem ou se não há positivo para a segunda amostra, as chances de obter a inocência são maiores. Quando os resultados são confirmados, a possibilidade de uma punição cresce.

Em casos recentes de punições por doping pelas mesmas substâncias flagradas no teste de Bia, o tempo de suspensão varia de seis meses a quatro anos.

Sem revelar detalhes sobre o caso, o advogado revelou a repetição do resultado. “A amostra B já saiu e confirmou o resultado da amostra A”, disse Bichara Neto à reportagem. Após esta segunda análise, ele deve intensificar a definição da linha de defesa da tenista número 1 do Brasil e 99ª do ranking da WTA.

A atleta de 23 anos foi suspensa provisoriamente pelo Programa Antidoping da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) nesta semana. O afastamento temporário teve início na segunda (22/07/2019), mas só foi divulgado na terça (23/07/2019).

De acordo com a ITF, as amostras de urina foram colhidas no dia 4 de junho, durante o Torneio de Bol, na Croácia. Pouco mais de um mês depois, no dia 12 de julho, Bia foi denunciada formalmente no artigo 2.1 do Programa Antidoping: “presença de substância proibida em amostra de jogador”.

Os testes revelaram a presença de duas substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês): metabólitos de SARM S-22 e SARM LGD-4033. Elas estão na categoria S1 da lista de substâncias proibidas da Wada deste ano.

As substâncias são consideradas “agentes anabólicos” pela entidade. SARM, sigla para “selective androgen receptor modulator” ou “moduladores seletivos do receptor de androgênio”. Trata-se de uma versão aperfeiçoada dos esteroides anabolizantes tradicionais, mas com a promessa de causar menos efeitos colaterais no organismo.

O SARM foi desenvolvido inicialmente pela indústria farmacêutica como alternativa aos esteroides anabolizantes para pacientes com perda muscular. No entanto, mesmo sem o reconhecimento da FDA (Food and Drug Administration, na sigla em inglês), a agência norte-americana responsável pela aprovação de alimentos e medicamentos, as substâncias passaram a ser utilizadas por atletas amadores e profissionais para crescimento muscular.

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