Talibã executa jogadora de vôlei e causa pânico em atletas mulheres do Afeganistão
Duas ex-atletas da seleção afegã de vôlei detalharam à BBC o regime de terror instaurado pelo grupo terrorista no país
atualizado
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O Talibã tem colocado em prática um verdadeiro regime de terror em sua volta ao poder no Afeganistão e isso tem afetado a comunidade esportiva, principalmente as modalidades femininas, proibidas no local. Zahra Fayazi, técnica e ex-jogadora da seleção de vôlei do pais, afirmou à BBC, que uma atleta foi morta e outras dezenas estão escondidas esperando o momento de fugir.
“Nós não queremos que isso aconteça com outras de nossas jogadoras. Elas, inclusive, precisaram queimar seus equipamentos esportivos para salvarem a si próprias e suas famílias. Eles (Talibã) não querem que elas tenham qualquer coisa relacionada ao esporte. Elas estão assustadas. Muitas das nossas jogadoras que são de províncias foram ameaçadas por parentes que fazem parte do Talibã e por seguidores do Talibã. O Talibã disse às famílias das nossas jogadoras para que não as deixem praticar esportes ou sofrerão com a violência”, disse Fayazi.
A treinadora está atualmente em Londres, na Inglaterra, depois de ter conseguido escapar do Afeganistão há cerca de um mês. Zahra revelou ter fugido, primeiramente, para um país vizinho após ser esfaqueada por dois homens em Cabul, capital do Afeganistão.
Sobre a jogadora morta, Fayazi, conta: “Ela era apenas uma jogadora e não fez nada a ninguém para ser atacada. Nós todas estamos chocadas com o que aconteceu. Não conseguimos acreditar. Talvez a gente perca outras amigas”, lamentou.
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