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Surfista registra ocorrência contra brasileiro por agressão em Bali

Norte-americana Sara Taylor registrou ocorrência contra o brasileiro João Paulo Azevedo após agressões enquanto surfava em Bali

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Surfista JP Azevedo agride surfista norte-americana Sara Taylor na Indonésia / Metrópoles
1 de 1 Surfista JP Azevedo agride surfista norte-americana Sara Taylor na Indonésia / Metrópoles - Foto: Reprodução / redes sociais

Sara Taylor, surfista agredida em Bali por João Paulo Azevedo, registrou boletim de ocorrência contra o brasileiro e afirmou que espera que ele e seus amigos sejam punidos pelas agressões.

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Ao portal G1, a norte-americana deu sua versão dos fatos. “Eu estava surfando, estava cheio, e eu vi alguns caras que estavam se esbarrando, às vezes acontece no surf, mas a onda veio e eu estava no lugar certo. Esse cara, de forma intencional esbarrou em mim, não foi um acidente, e ele veio na minha direção, como se quisesse me bater. Eu empurrei ele da minha frente”, disse.

“Ele estava gritando algo que era a onda deles, mas eu perguntei, ‘era você ali?’ E ele disse ‘não, era meu amigo’. Eu não queria ficar discutindo, eu só queria surfar, então eu joguei água na cara dele, como se fosse para ele parar, tipo, porque você está gritando comigo? E eu continuei nadando e foi aí que ele me bateu”, contou Sara.

A versão de Sara contradiz à do brasileiro, que se defendeu dizendo que a surfista estaria pegando as ondas das outras pessoas, o que estava incomodando JP. Veja o momento da agressão:


Uma amiga da surfista fez as filmagens, que foram entregues à polícia. “Charlie filmou tudo, o que é incrível, porque se não, os caras iam continuar fazendo isso, e eu recebi muitas mensagens de que isso é o que eles fazem, que isso aconteceu várias vezes antes”, afirmou.

As agressões continuaram na praia. “Ele saiu e eu acho que ele estava esperando os amigos. Então Charlie me perguntou: ‘alguém te bateu lá? E eu falei, sim, foi ele”, disse. “Ela queria filmar o rosto dele, só para ter certeza de que ele era o cara que me bateu. E depois ele ficou irritado que ela estava filmando ele e tentou tirar a câmera dela. Tudo escalou muito rápido depois disso. Ele começou a atacar ela, e quando eu vi aquilo acontecendo eu só tentei defender Charlie” conta Sara, que revelou ainda que foi ameaçada por um amigo de JP.

Delegacia

Sara relatou que ela e a amiga, municiadas das filmagens, foram à uma delegacia de polícia de Bali para realizar o registro de ocorrência.

“Nós fomos até a polícia, porque se a gente não tivesse ido, ele simplesmente ia continuar fazendo isso. Eu falei para eles que essa não foi a primeira vez que ele bateu em mulheres, mas que dessa vez foi filmado. Eu quis fazer o registro para que ele pare de fazer isso porque ele parece estar fora do controle. Eu quero que eles paguem pelo o que fizeram”, disse a norte-americana.

“Ele continuou dizendo que eu parecia um homem. Eu perguntei o nome dele e ele disse: ‘Eu sou uma mulher, meu nome é mulher, que nem você, na verdade, você é um homem’. É rude demais, mas eu não ligo para os insultos e para a opinião dele. Naquele momento, na praia, ele sabia muito bem que estava batendo em duas mulheres”, afirmou Sara, rebatendo João Paulo Azevedo, que disse que agrediu a surfista por pensar que Sara era um homem.

Sara também comentou sobre a denúncia de Carolina Braga, ex-namorada de João Paulo, que afirmou ter sido vítima de violência doméstica pelo surfista.  “Eu vi quando acordei e fiquei muito muito triste. Eu espero algum tipo de justiça seja feita. Ela é uma mulher muito forte”, disse Sara.

“Às vezes alguns homens tratam mulheres de um jeito diferente, negativo, no mundo do surfe. Eles veem as mulheres como um alvo mais fácil. Mas o surfe é para todo mundo e é sobre ter diversão, esse incidente é revoltante, não é o que o surfe é. A mensagem que eu passo para as mulheres surfistas é: não se sintam excluídas ou diferente por ser uma mulher”, finaliza a surfista.

 

 

 

 

 

 

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