Surfista Marcio Freire morre após se acidentar em onda gigante
O surfista morreu em Portugal após se envolver em um acidente enquanto descia um paredão na Praia do Norte e não resistir aos ferimentos
atualizado
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O surfista Márcio Freire, especialista em ondas gigantes, morreu nesta quinta-feira (5/1), aos 47 anos. O atleta se envolveu em um acidente enquanto descia um dos grandes paredões da Praia do Norte, em Nazaré (Portugal), e não resistiu aos ferimentos. De acordo com a imprensa portuguesa, o corpo será transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria.
Ao portal Lusa, o comandante da Capitania de Nazaré, Mário Lopes Figueiredo, relatou que Márcio “foi rebocado para a praia por um colega” e recebeu socorro imediato por salva-vidas e, em seguida, por profissional de uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal, que foram acionados. Esta foi a primeira morte ligada ao surfe na Praia do Norte.
“Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local”, afirmou o comandante.
Segundo informações do portal Waves, o surfista estava na remada em uma onda de aproximadamente seis metros. “Foi na remada. Ele pegou uma bomba, […] todo mundo viu. Foi para baixo e não voltou, ficou todo mundo tentando achar. Só que ele estava só com colete normal, sem o inflável. Já chegou na areia sem pulso”, explicou Pietro França, filmmaker especializado em surfe e amigo da vítima.
Já Thiago Jacaré, também amigo de Freire e surfista de ondas gigantes, contou que “o mar estava ‘pequeno’, não tinha nem 20 pés [seis metros]. Pode ter tomado uma pranchada ou pegado uma ruim e foi muito fundo”. “Tentaram reanimar ele, não conseguiram. Os bombeiros e a galera do surfe fizeram de tudo, mas não deu”, disse Thiago.
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Márcio Freire viajou o mundo todo com o surfe e é considerado uma das lendas da modalidade em ondas gigantes. Aos 23 anos, em 1998, foi um dos primeiros a se desafiar na onda Jaws, em Maui (Havaí).
O surfista integrava o trio Mad Dogs, compostos por outros dois baianos, Danilo Couto e Yuri Soledade. Os três eram conhecidos por desbravas as ondas gigantes sem aparatos de segurança. Atualmente, os atletas dessa modalidade vão amparados por elementos que diminuam o risco de acidentes, além de a presença de equipe de resgate e jet ski ser necessária no local.