Denver Broncos vence Carolina Panthers por 24 a 10 e conquista o tri no Super Bowl 50
Em jogo marcado pela timidez dos ataques, defesa dos Broncos engoliu o repertório ofensivo dos Panthers
atualizado
Compartilhar notícia
O começo avassalador de partida, com o Denver Broncos abrindo 10 a 0, deu o tom de uma noite surpreendente no Super Bowl 50, disputado neste domingo (7/2), em Santa Clara (Califórnia). Se os analistas apontavam o favoritismo do Carolina Panthers, time que terminou a temporada regular com campanha quase perfeita (15 vitórias, 1 derrota) e uma impressionante média de 31 pontos por partida, a defesa dos Broncos tratou de frustrar as previsões e impor 24 a 10 no placar final.
A performance defensiva dos Broncos, responsável por trazer o time à oitava final da franquia, massacrou a estratégia de Cam Newton, MVP (melhor jogador) da temporada regular e talentoso quarterback dos Panthers. Acossado pelos defensores rivais, o jovem passador viu seu time ruir diante de uma quantidade imensa de faltas — as 12 penalidades custaram um débito de 102 jardas.
Veterano em fim de carreira, Peyton Manning ajudou a construir a vitória dos Broncos por meio de tímidas ações ofensivas, uma tônica na temporada: dedicação ao jogo corrido e passes pouco arrojados. Foi o suficiente para que o quarterback conquistasse o segundo Super Bowl da carreira, tornando-se o primeiro quarterback da NFL a vencer a final por dois times diferentes — em 2007, ganhou pelo Indianapolis Colts.
Prestes a completar 40 anos em março, Manning disse na entrevista pós-apito que ainda não sabe se vai mesmo se aposentar. Das tribunas, um Eli Manning (New York Giants) estranhamente sisudo viu o irmão mais velho se igualar a ele em número de anéis de Super Bowl. Talvez Peyton esteja pensando seriamente em virar esse jogo de vez em 2017.
Coldplay decepcionou, mas Lady Gaga brilhou
Não fosse a presença de Beyoncé e Bruno Mars no show do intervalo, o Coldplay teria passado ainda mais vergonha no Super Bowl 50. A performance insossa da banda inglesa foi parcialmente salva pelo carisma dos dois convidados, que fizeram um divertido mash-up de “Uptown Funk” e “Crazy In Love” no ponto alto da apresentação.
#WATCH: Lady Gaga’s full performance/rendition of the National Anthem at the #SuperBowl?? #SB50 https://t.co/KBkqfakHS2
— Lady Gaga | ARTPOP (@stevenartpop) February 8, 2016
O melhor momento musical da noite teve assinatura da pop star Lady Gaga. Vestida de vermelho e exibindo uma invejável classe, a cantora entregou uma bonita interpretação do hino nacional dos Estados Unidos.
Torcedores nos cinemas
Maior evento do esporte americano, a 50ª edição do Super Bowl atraiu dezenas de fãs da bola oval para uma das três sessões de cinema do evento na cidade. Gente uniformizada com bonés e camisas de times da NFL comprou ingresso para ver, na sala escura, o jogo decisivo entre Denver Broncos e Carolina Panthers, que aconteceu em Santa Clara, na baía de San Francisco (Califórnia).
Seguidores da NFL há oito anos, os servidores públicos Vitor Barros e Rafael Antunes foram ao cinema ver a final do campeonato pela terceira vez. Torcedor do New England Patriots, time de Tom Brady, Barros elogia a atmosfera das partidas. “Futebol é paixão de criança. Mas hoje o futebol americano é muito mais emocionante e organizado”, explica. “Futebol é obrigação, futebol americano é paixão”, brinca.
Antunes acredita que um dos aspectos mais interessantes é a cultura em torno do jogo. “É um esporte inteligente, apesar de muita gente achar que tem só brutalidade”, diz. “De uns anos pra cá, comecei a pesquisar mais sobre a história do jogo. Espero o ano todo pelo Super Bowl. Com certeza um dos meus sonhos é ver um ao vivo”, completa.